domingo, 16 de dezembro de 2007

Jogos no cotidiano escolar


Realizei a leitura do texto “Sala de aula é lugar de brincar?”, de Tânia Ramos Fortuna percebi alguns erros que estava cometendo com meus alunos.
”Só se brinca na escola se sobrar tempo ou na hora do recreio, sendo que estes momentos correm, permanentemente, o risco de serem suprimidos, seja por má conduta, seja por não ter feito o tema ou ainda por não ter dado tempo.” Pág 3.
Meus alunos tem outros momentos para brincar, não é só no recreio, mas confesso que já tirei o recreio de alunos como punição por indisciplina ou por não ter realizado as atividades. A partir deste momento procurarei outra forma de resolver os problemas.
Proporcionei muitas brincadeiras e jogos sem objetivos ou com o objetivo de ensinar conteúdos, desta forma, interferia constantemente na atuação dos alunos. Percebi que cometi graves erros pois , de acordo com o texto citado acima “ para que cumpra um papel pedagógico,a brincadeira deve ter intencionalidade, mas para que não seja anulado o sentido lúdico deve-se evitar a intervenção no jogo. A intervenção só é válida quando é aberta, baseado na provocação e no desafio, que não corrija ou determine as ações, mas problematize e apóie. A partir do momento em que é uma atividade dirigida e manipuladora, deixa de ser um jogo, pois deve transmitir liberdade e espontaneidade.” Pág 6.
“Através do jogo se busca prazer encontrado através da espontaneidade, improdutividade, trânsito entre a realidade externa e interna, interatividade, simbolismo constantemente recriado, desafio e instigação, mistério, imponderabilidade e surpresa.” Pág 7.
“A verdadeira contribuição que o jogo dá à Educação é ensiná-la a rimar aprender com prazer” . Pág 7.
Não basta apenas utilizar jogos, deve-se ter um objetivo e cuidar que tipos de intervenções estão sendo feitas.
"Uma aula ludicamente inspirada não é, necessariamente, aquela que ensina conteúdos com jogos, mas aquela em que as características do brincar estão presentes, influindo no modo de ensinar do professor, na seleção dos conteúdos, no papel do aluno. Nesta sala de aula convive-se com o incerto, com o imponderável, o professor renuncia à centralização, a posição de quem sabe tudo, ao controle onipotente, ou seja, que pode tudo, e reconhece a importância de que o aluno tenha uma postura ativa nas situações de ensino, sendo sujeito de sua aprendizagem; a espontaneidade e a criatividade são constantemente estimuladas. Uma aula lúdica é uma aula que se assemelha ao brincar - atividade livre, criativa, imprevisível, capaz de absorver a pessoa que brinca, não centrada na produtividade. " Pág 9.
Procuro transmitir aa crianças que sei muitas coisas porque estou sempre estudando, mas tenho muito que aprender, portanto, não sei tudo. Ao planejar as aulas procuro algo que desafie meus alunos e mudamos o que é necessário de acordo com os interesse e necessidades do grupo.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Seminário Integrador III

Através da disciplina Seminário Integrador III tive a oportunidade de refletir sobre as atividades realizadas neste semestre em todas as interdisciplinas, contribuindo para que, na escola em que trabalho, minha prática pedagógica mudasse em diversos aspectos, dentre eles: utilizar mais o teatro com meus alunos, refletir sobre as letras das músicas que ouvimos, trabalhar o lúdico, contar histórias para despertar prazer sem improvisos, propor pesquisas nos projetos, etc...As aprendizagens estão registradas neste Blog e na atividade final do Seminário integrador III, postado no webfólio Geral do Rooda.
Aprendi a registrar de forma mais clara os argumentos e evidências, colocando as citações dos autores entre aspas, registrando os nomes dos livros e autores utilizados nas postagens, a interdisciplinar os conteúdos e aprendizagens construídas.
O que contribuiu para estas aprendizagens foram os comentários da tutora Suélen:
“Como estamos trabalhando na perspectiva da evidência, terias algum trecho do fórum, ou de trocas de email, que evidenciariam a tua argumentação em relação à tua aprendizagem sobre evidência/argumentação? Por exemplo: digamos que a fala de um colega, no fórum, fez com que modificasse a tua forma de pensar. Desta forma, seria interessante, como evidência, apontar o local: ROODA --> FÓRUM SI3 --> GRUPO 10 --> PÁGINA 50 --> COLEGA FULANO.Assim, mostraria-nos a evidência da tua aprendizagens e da tua argumentação.Espero estar podendo colaborar para a organização do teu portfolio.”
Qualquer dúvida, entre em contato.Beijão pra ti.Suelen - tutora da sede - SI3
21 de Outubro de 2007 11:30
“Algumas dicas que considero importantes para situar o teu leitor e o teu texto:- colocar a fonte bibliográfica completa. Colocaste que o teu texto chama-se Improvisação para o teatro - a experiência criativa. Mas não colocaste o autor, nem a editora, nem o ano de editoração.Todos estes dados são importantes para que, em um futuro próximo ou não, tu mesma tenhas a fonte exata dos teus ditos e escritos. Desta forma, através do registro completo, não cairá no esquecimento.Exemplo de fonte bibliográfica completa:BICUDO, Maria A.V. Educação Matemática: pesquisa em movimento. São Paulo: Cortez, 2005.Exemplo geral:SOBRENOME, NOME. Título. Cidade: Editora, ano.Estas dicas (ABNT) estão na BIBLIOTECA do Rooda (SI3).- Outra questão importante são as CITAÇÕES sempre ENTRE ASPAS.Percebi que colocaste um asterisco. Fiquei um pouco confusa, ao ler, pois achei que fossem escritos de tua autoria.Desta forma, se os escritos não forem de tua autoria, seria importante colocá-los entre aspas e, ao final da frase, colocar a página.”
Beijão no coraçãoPara quaisquer dúvidas, por favor, entre em contato.Suelen - tutora da sede
2 de Novembro de 2007 16:03
As evidências de que os comentários da tutora Suélen foram construtivos e auxiliaram na construção de meu Portfólio são:
“A cada postagem tua, novas experiências, novas aprendizagens e PRECIOSIDADES.A tua reflexão sobre a infância a partir de diferentes "conteúdos" trabalhados nas interdisciplinas do PEAD demonstra o quanto estás conseguindo fazer vínculos entre as interdisciplinas.”
Suelen - tutora da sede
30 de Novembro de 2007 12:57
“Nossa Raquel!Estou gostando de ver a estruturação que estás dando às tuas postagens.Estás localizando muito bem o teu leitor: contextualizando as tuas leituras e vídeos, mostrando as citações que te "tocaram", mostrando o teu ponto de vista e tuas reflexões frente ao estudo referido.Quero te parabenizar pelas citações entre aspas, o número da página da fonte, e a própria fonte completa.Acredito que toda esta nova estruturação de teus escritos também configura-se em uma aprendizagem significativa.Só tenho que te parabenizar!!!”
30 de Novembro de 2007 12:57
È maravilhoso refletir, mudar quando necessário, aprender e com isso aperfeiçoar minha prática pedagógica tornando-me uma profissional mais criativa, flexível, enfim, acredito estar no caminho para ser agente de transformação social.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Artes Visuais


Projeto na escola
Aprendi que “um projeto na escola não pode ser comparado a um simples planejamento de atividades que deverão ser cumpridas, mas ter certas intenções e possibilidades em constante avaliação e replanejamento, aproveitando acasos, sem perder de vista os focos centrais que fizeram nascer o projeto”- Miriam Celeste Martins (1998-pág.168)
Segundo Fernando Hernandez “As salas de aula devem representar um espaço vivo de contínua transformação, onde a pesquisa fica aparente. Espaço para livros, trabalhos, recortes...Aprendemos melhor se há uma necessidade de pesquisa, para pesquisar deve haver um problema.”
Nunca havia trabalhado anteriormente com projetos, iniciei na metade deste ano trabalhando com a história “Férias na floresta”, de Leia Cassol e Vítor Siegle. Foi uma forma diferenciada de trabalhar, mas bem interessante, pois abriu espaço para maior interdisciplinaridade. As crianças demonstraram maior interesse nas atividades propostas.
Ao longo do projeto solicitei apenas uma pesquisa e aprendi com Hernandez que a pesquisa deve ficar mais aparente, pois aprendemos melhor se há necessidade de buscar informações.
Tive oportunidade de fazer em grupos um projeto de ensino para o trabalho de Artes visuais:

PROJETO DE ENSINO
Público Alvo: Alunos de quarta série do Ensino Fundamental
Caracterização da turma:
Essa turma é composta por alunos de 9 a 11 anos, na sua grande maioria moram com os pais (ou um deles).
Classe econômica baixa, porém nenhum deles passa necessidade, todos os responsáveis trabalham e sustentam sua família.
Por se tratar de pessoas pobres, a parte de lazer e cultura fica, em grande parte dos casos, para segundo plano e dificilmente acontece. Os passeios culturais aos quais os alunos se referem quando questionados foram feitos na escola.
O conhecimento de arte visual é restrito ao que assistem na televisão e ao que lhes é passado em sala de aula.
Modificações
O tema foi escolhido a partir da visita ao espaço da artista Laura Belém, na 6ª Bienal do Mercosul.
A escolha se justifica pela necessidade de mostrar aos nossos alunos que eles são agentes de mudança, em todos os sentidos.
Como nos trabalhos vistos, percebemos o quanto temos influência no mundo em que vivemos, seja pelo olhar e principalmente pela ação.
A questão é:
Quanto nossas ações influem no ambiente em que vivemos?
Propostas de trabalho:
O projeto será realizado a partir da visualização das quatro obras que compõem o Núcleo de Laura Belém na Bienal.
Previsão de duração: Cinco encontros para iniciar um trabalho que se estenderá por todo o ano letivo.
Avaliação: Os alunos serão avaliados durante o processo. Os critérios utilizados para avaliá-los serão: responsabilidade, participação, produções, comprometimento.
EXECUÇÃO DO PROJETO
Primeiro encontro:
O início se dará pela visualização das obras através de fotos trazidas pela professora. Os alunos, em pequenos grupos primeiramente irão tentar verificar:
O que enxergam?
Qual o ponto em comum nas quatro obras?
Após esse momento, terão algum tempo destinado à pesquisar no laboratório de informática a respeito das obras e dos artistas.
Segundo encontro:
Agora, com respostas e dados mais concretos, inicia-se uma discussão em grande grupo a respeito das respostas obtidas. Os alunos deverão falar sobre a sua idéia de arte visual, sobre a relação entre as obras e o que os artistas expressam através delas.
Continuando com a conversa, introduzindo o tema Modificações, vamos começar a produzir com eles. Nesse segundo encontro a idéia de produção seria a seguinte:
Os alunos receberão uma folha de ofício e dobrarão ao meio,
No lado direito desenharão a escola,
Após o término do primeiro desenho, eles irão pensar em tudo que gostariam que fosse diferente nessa escola, e o espaço do lado esquerdo se destina a desenhar isso.
Terceiro encontro:
Aprofundando mais os estudos, os alunos conversarão sobre as possibilidades de modificação desses ambientes por eles mesmos. Conversar sobre cada mudança proposta, e de quem depende cada uma delas.
Escolher em pequenos grupos, um dos ambientes que eles solicitaram ver “modificado” e eles realizariam uma produção visual (maquete, pintura, desenho, etc) mostrando o que fariam nesse ambiente.O grupo terá que escrever uma justificativa da modificação e de que forma ela seria realizada, demonstrando que recursos seriam utilizados.
Quarto encontro:
Uma exposição para toda a comunidade escolar, com todas as produções e justificativas. Uma mostra de artes.
Cada visitante votará na modificação que julgar mais importante para a escola.
Quinto encontro:
Com o resultado da votação, a modificação escolhida será realizada por todos alunos da turma, criando o primeiro espaço modificado da escola.
Juntamente com esse espaço, se cria a campanha “Modificando Hábitos” que repensa pequenas atitudes que deixam a escola um lugar melhor de se estar (inclui boas maneiras, seleção de lixo, cuidado com os ambientes, respeito ao próximo, etc).



Percebi que é importante ter um objetivo a alcançar, saber que público deseja-se atingir e realidade em que vivem, conhecer o que o aluno pensa, seus conhecimentos prévios, avaliar ao longo do processo, muita busca de informações tanto por parte do professor quanto dos alunos e flexibilidade para mudar o que for necessário no trajeto não perdendo de vista o foco, que são os objetivos delineados no início.

domingo, 25 de novembro de 2007

Literatura



No semestre passado ( Segundo) estudei sobre infâncias e neste semestre ao estudar sobre Literatura infantil relembrei alguns conhecimentos construídos:
“ Cada sociedade, em cada tempo histórico atribui determinados significados a fase inicial da vida humana.” - Texto: Infância e literatura infantil – Página 1 -Disponível no Rooda.
Compreendi que as crianças tem vivências, hábitos e valores diferentes de um lugar para outro.
“ Segundo Áries, na idade média a infância era muito reduzida, ou seja, logo que a criança adquirisse uma certa independência dos adultos, como, por exemplo, conseguir andar, falar e comer sozinha, era introduzida mo mundo adulto e passava a circular em todos os ambientes destes. A arte medieval demonstrava esta indiferenciação entre adultos e crianças, ao representar as crianças com os mesmos traços e roupas dos adultos, sendo apenas diferentes em relação ao tamanho.” - Texto: Infância e literatura infantil- página 01– Disponível no Rooda.. Compreendi que as crianças eram consideradas adultos em miniatura.
“A partir do século XVI inicia-se um processo de constituição da infância.”Página 01 do texto: Infância e literatura infantil.
“ A literatura infantil surge com o propósito explicito de formar a criança e de lhe ensinar comportamentos desejáveis, tendo, portanto, um caráter eminentemente pedagógico. Durante muito tempo as obras infantis foram vistas somente com esta finalidade a de ensinar.” Texto: A literatura infantil no Brasil -página 01-Disponível no Rooda..
Na aula presencial do dia 21 de novembro aprendemos com a professora que atualmente pode-se ler um livro somente por prazer sem ter que trabalhar após algum conteúdo.
Aprendemos também que para contar uma história é fundamental que se goste e conheça bem. Vimos nas apresentações das colegas que uma história contada com prazer e bem ensaiada antes de apresentar atrai mais o público.
Enfim, como educadora geralmente contava histórias com o objetivo de ensinar conteúdos. Através dos estudos mudei esta forma de pensar e passei a contar mais histórias com o objetivo de despertar prazer !!!

domingo, 18 de novembro de 2007

Músicas que ouvimos




Trabalho na escola música com meus alunos. Temos uma rotina de iniciar as aulas com músicas, procuro diversificar para que este momento seja prazeroso e produtivo.
Sempre fui contra músicas com letras vulgares ou que não trazem nada de bom devido a criação que recebi de meus pais.
Atualmente vejo que virou modismo ouvir qualquer música, mesmo que a letra seja uma porcaria. Pensava que eu é que era conservadora e talvez estivesse errada, pois um grande número de pais e professores não selecionam as músicas.
Realizei a leitura do texto “Por que você ouve tanta porcaria?” de Alison Ávila, revista Aplauso- Porto Alegre, ano 3, número 22, 2000.
As partes que destaco como mais importantes são:
“Ainda na escola, as crianças se vêem convivendo com toda sorte de influências. São os coleguinhas que rebolam ao som da dança da boquinha da garrafa, ou têm na ponta da língua canções nada ingênuas. Soma –se a este processo o fato de que dificilmente as pessoas vão investir seu tempo em questionamentos sobre o que invade seus ouvidos. Primeiro, rebaixam-se às pessoas para, depois, oferecer-se uma arte rebaixada”.O grosso da sociedade foi empobrecido em seu conteúdo, e as pessoas perderam suas referências.” Página 9.
“Se cada músico, crítico ou jornalista da área montasse um grupo de audição musical numa escola, a exigência do público seria outra. Reclamar das gravadoras é fácil, por que os professores não tomam novas iniciativas?” Página 10.
Como mãe e professora pretendo continuar selecionando o que meu filho e alunos escutam.
Percebi que não devo ficar de braços cruzados vendo os outros se renderem a esta arte rebaixada. Devo conscientizá-los de que estão deseducando e influenciando os que estão ao seu redor.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Ludicidade



Assisti a entrevista da professora Tânia Fortuna, feita pelo programa Comportamento da TV-COM, na qual me trouxe reflexões sobre meu papel como professora e mãe.
Dentre as aprendizagens destaco algumas falas da professora Tânia:
“O jogo, enquanto atividade livre, é lúdico e contribui para aprendizagem, contribui para que o sujeito desenvolva-se cognitivamente, do ponto de vista da sociabilidade, raciocínio, colocando em cena seus temores e desejos brincando. Traz clima de desafio, surpresa, mistério, o sujeito sente-se pleno, contribui para aprendizagem significativa, prazerosa e efetiva.”
“O professor pode gostar de ensinar se o faz no contexto da brincadeira, pode produzir sucesso escolar e ao fazê-lo garante inclusão social, condição para que se mude a face do mundo, das relações”.
“O brincar não morre, assume novas formas. O trabalho é a forma de brincar para muitos adultos quando anuncia novos mundos, contato consigo mesmo e com os outros, quando é prazeroso, instigante.”
Refleti sobre meu papel como professora e estou procurando tornar o ambiente da escola, da sala de aula, mais prazeroso, explorando mais o lúdico com meus alunos através de jogos, brincadeiras. Percebi agora, mais do que nunca, o por quê da brincadeira, o por quê dos jogos, os benefícios que a ludicidade traz não só para meus alunos, mas também para que eu tenha mais prazer e realização em meu trabalho.
Como mãe, muitas vezes achava sem tanta importância as brincadeiras de meu filho, agora sei que brincar é coisa séria e valorizo mais este momento na vida de meu filho, e é claro, também na vida de meus alunos.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Teatro


Ao estudar sobre teatro realizei a leitura de vários textos importantes, mas o que mais me chamou atenção foi: “Improvisação para o teatro -A EXPERIÊNCIA CRIATIVA”, de Viola Spolin, disponível na biblioteca do Rooda.
Dentre as aprendizagens destaco:
"Todos são capazes de atuar no palco, talento ou falta de talento tem pouco haver com isso".Pág 1.
Esta afirmação me surpreendeu porque imaginava o teatro como algo para quem tem vocação, talvez por essa razão só utilizei este recurso uma vez com os meus alunos.Como estudante ou com minhas colegas de trabalho nunca aceitei um convite para participar de peça teatral.
"Uma atmosfera altamente competitiva cria tensão artificial, e quando a tensão substitui a participação, o resultado é a ação compulsiva" . Pág 5.
" O professor-diretor é aconselhado a apresentar o problema de atuação rápida e simplesmente. As vezes, o mero ato de escrever o problema do dia no quadro-negro é suficiente".Pág 27.
" Devemos ser flexíveis e alterar os planos no momento que for necessário". Pág 27.

Tenho como evidência das aprendizagens a aula prática do planejamento realizado para o Inventário Criativo.
Na atividade prática “Miroca, posso ir?”, os alunos questionaram o que aconteceria com quem chegasse na Miroca. Brincaram mais tranqüilos quando perceberam que todos chegariam no local indicado. Desta forma não competiram e participaram com mais entusiasmo.
Quanto a explicação das atividades, em muitos momentos explicava demais a atividade proposta, percebi que desta forma evitava a autodescoberta dos alunos. Como professora, mudei neste aspecto, evito explicar demais para que possam refletir mais.
Quanto a flexibilidade, na atividade prática, percebi que meus alunos sentiram a necessidade de representar os personagens da história “Férias na floresta”, deixei antes de iniciar a atividade planejada.
Após ler estas dicas importantes sobre teatro acredito que agora estou mais encorajada para aceitar um convite quando me proporem, ou quem sabe, ainda este ano utilizar novamente teatro como recurso.
Atividades do Inventário criativo:

1) Estátua na floresta

Cada aluno recebe o nome de um personagem.
Todos devem andar livremente pelo espaço representando.
O professor bate 1 palma e diz o nome de um dos personagens, os alunos que representam os outros devem virar estátua. Os alunos do personagem solicitado devem ver quais estátuas se mexeram, podem fazer com que as estátuas se mexam (fazendo rirem com caretas, etc...), mas não podem tocar no colega.
Ao bater 2 palmas devem cumprimentar o colega que está próximo como se fosse o personagem.

2) Miroca posso ir?

Os alunos ficam no ponto de partida, um aluno representa a Miroca.
Um aluno de cada vez diz:
- Miroca, posso ir?
Ela responde:
-Sim.
O aluno pergunta:
-Quantos passos devo dar?
Miroca responde qual personagem deve imitar e o número de passos.
Vence quem chegar primeiro no lugar de Miroca.


3) Que personagem é este?

Os alunos ficam posicionados em círculo.
De olhos vendados, um dos alunos deve pegar um papel do saquinho onde estará os nomes dos personagens da história “Férias na floresta,”após tirar a venda, ler em silêncio e representar para os colegas.
Quem acertar primeiro será o próximo a representar.
E assim continua a brincadeira.
História Férias na floresta

Era uma vez uma minhoca.
O nome dela era Miroca!
Ela morava num lindo jardim!
Lá também moravam suas sobrinhas...
Que ficavam
Correndo pra um lado... Pulando pro outro...
Parecendo pipoquinhas !!!
Miroca estava cansada.
-Não agüento mais gritaria! Já sei...Vou visitar a minha prima lá na floresta Amazônica!
Férias! Que alegria! Mas como eu chego lá?
Acessou a Internet...
Passou um e-mail...
Descobriu.
Pegou primeiro vôo e saltou no grande rio!!!
Mas no meio da floresta...
Uma tremenda confusão.
Água pra todo lado...
E árvore de montão!!!
Deslizando pelo rio veio um boto rosa bonitão!
- Olá minhoca, quer me ajudar a entregar os convites pra uma festa?
-Meu nome é Miroca e eu gosto de festa!
Mas não posso e ajudar.
Tenho que encontrar minha prima,
Que mora nessa floresta!
O boto saiu nadando...
E a Miroca foi minhocando...
Balançando de galho em galho, o macaco cabeludo chegou.
-E aí mana minhoca.
Tá a fim de me ajudar a procurar umas bananas pra levar numa festa?
-Meu nome é Miroca e eu gosto de festa!
Mas não posso e ajudar.
Tenho que encontrar minha prima,
Que mora nessa floresta!
O macaco saiu pulando...
E a Miroca foi minhocando...
Tucano-toco veio batendo asas e perguntou:
-Minhoca, minhoca, minhoca,
Estou indo a uma festa e tenho que levar:
Graviola, açaí e guaraná.
Me ajuda a encontrar?
-Meu nome é Mi-ro-ca e eu gosto de festa!
Mas não posso e ajudar.
Tenho que encontrar minha prima,
Que mora nessa floresta!
O Tucano-toco saiu voando...
E a Miroca foi minhocando...
Bicho –preguiça, dependurado na embaúba, vê Miroca e começa a chamar...
Ô Miroca, você pode me ajudar?
Preciso arrancar algumas folhas desta árvore pra numa festa levar!
-Meu nome é Miroca e eu gosto de festa!
Mas não posso e ajudar.
Tenho que encontrar minha prima,
Que mora nessa floresta!
O bicho –preguiça saiu se espreguiçando...
E a Miroca foi minhocando...
Miroca olhou pro lado e viu um jacaré engraçado.
Era um jacaré-açú com cabelo arrepiado!!!
- E aí, Minhoca! Dá pra ajudar a encontrar minha guitarra?
Tenho que animar uma festa na floresta!
-Meu nome é Miroca e eu gosto de festa!
Mas não posso e ajudar.
Tenho que encontrar minha prima,
Que mora nessa floresta!
Jacaré-açú saiu procurando...
E a Miroca ficou chorando!!!
Será que a prima Jibóia mora em outro lugar?
Um indiozinho que por ali passava quis saber por que ela chorava.
-Estou procurando a minha prima... a Gertrudes...
Você pode me ajudar?!
Eu vou a uma festa... lá vão estar todos os habitantes da floresta .
Sua prima deve estar lá...
E a Miroca e o indiozinho seguiram pelo caminho...
Chegando lá na festa...
Surpresa!!!
A festa era pra ela.
Olha só que beleza!!!


Autores:
Leia Cassol
Vitor Siegle
Editora Cassol

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Seminário integrador 3

Ao ver o filme”Doze homens e uma sentença” aprendi através de vários exemplos o que é evidência e argumentação.
Como colega do PEAD estou tendo a oportunidade de compartilhar idéias no Fórum, debatendo e aprendendo mais sobre o tema proposto.
Como aluna, estes conhecimentos me ajudaram a compreender como serão postados em meu Portfólio, de forma objetiva, as evidências e argumentações das aprendizagens das interdisciplinas neste semestre.





Através da participação no Fórum SI3, grupo 6, tenho como evidências de aprendizagem sobre evidência e argumentação as colocações das colegas:
*Sandra Werlang na pág 2:EVIDÊNCIA: algo claro, óbvio, verdade inconteste e ARGUMENTO: raciocinar sobre algo, discussão, servir-se de argumentos. O filme mostra os dois conceitos e também mostra a mudança de algo aparentemente evidente para tornar-se apenas algum argumento.Eram evidências no filme: a infância sofrida pelo jovem na vida através das provas do seu histórico familiar, a faca que o jovem possuía, a mulher que tinha marcas de óculos na face, o senhor que sofreu derrame.Eram argumentos: a mulher ter visto o assassinato a uma distancia próxima, mas não tão real como descrevia, o tipo de faca que o jovem portava ser incomum, o velho que tinha tido o derrame caminhar tão rapidamente aquele trajeto da planta e outras coisas mais.
*Neusa Siqueira, pág 4:Definindo evidências e argumentos, Acredito que ARGUMENTOS são as justificativas usadas para provar e sustentar uma evidência, no caso do filme, cada evidência era analisada sob várias argumentações. EVIDÊNCIA é o fato que se apresenta, por exemplo, as marcas no nariz, que se torna evidente que usa óculos.
Pág 6-CONTINUANDO: Acredito que o filme contribuiu para que pudéssemos aprender de que forma podemos colocar uma evidência da nossa aprendizagem no portfólio e não só nele, mas também nas atividades que são postadas em outras disciplinas. Os argumentos servirão de base para provar nossas aprendizagens, pois só possuímos eles para provarmos o quanto aprendemos, “ em suma, as evidências de nossas aprendizagens dependerão de nossos argumentos.”

domingo, 7 de outubro de 2007

Música


Na disciplina de Música aprendi através da leitura do texto “De que é a música”, de Ana Paula Melchions que mais do que prazer, a música tem funções de expressão corporal, adaptação a valores sociais e contribuição para a continuidade da tradição cultural.
Através da música podemos expressar sentimentos que dificilmente poderiam ser expressos através de palavras.
Aprendi que aproximadamente na metade da gestação, o ser humano é capaz de escutar os sons do ambiente em que está inserido.
Na escola em que trabalho alguns dias da semana inicio a aula com música e as crianças consideram este momento especial, as que estão tristes ficam com expressão de alegria, as agitadas se acalmam, as distraídas prestam atenção, enfim, o resultado é ótimo.
Ao ler sobre os benefícios da música mudei minha prática na escola, agora inicio a aula com música todos os dias e estou utilizando recursos diferentes para atrair mais, como rádio, cd.

Artes visuais


Na primeira semana de aula li no material disponível sobre o ensino de arte no Brasil e o papel do professor dentro das perspectivas Tradicionais, Tecnicista, Nova e Triangular. Estudamos que a perspectiva Triangular articula arte como expressão e cultura na sala de aula.
Questionava o motivo deste semestre estudarmos todas as disciplinas ao mesmo tempo.
Como estudante compreendi que a área da arte abrange quatro modalidades artísticas: Artes visuais, música, dança e teatro, por esta razão é tão importante contextualizar, ou seja, estabelecer relações associando-se o pensamento não apenas a uma disciplina.
Aprendi sobre as tendências para o ensino da arte, que são:
*maior compromisso com a cultura e a história
*ênfase na inter-relação enter fazer, a leitura da obra de arte e a contextualização histórica e social
*alfabetização visual dos alunos, desenvolvimento cultural
*conhecimento da imagem e compromisso com a diversidade cultural
Como professora aprendi a explorar mais as imagens que apresento aos meus alunos.Por exemplo:
Propus aos meus alunos uma produção textual a partir da observação de uma imagem, antes explorei a imagem com as crianças, questionei as características dos personagens, expressões na fisionomia dos rostos, sugeri que dissesse tudo o que viam, que observassem os detalhes.
Através das múltiplas leituras de imagens percebi detalhes que antes não havia visto.
Através do momento em que “produziram sentido”,as produções textuais tiveram mais idéias e riquezas de detalhes.
Como aluna do curdo de Pedagogia gostei de ler as idéias das colegas e ver as pinturas realizadas, percebi diferentes visões a partir da observação da mesma cena.

Literatura


Na disciplina de Literatura estou estudando sobre contação de histórias. Ao ler o texto “ A poesia infantil no Brasil”, de Luis Camargo, aprendi que o gênero poesia infantil surgiu de braços dados com a escola visando principalmente a aprendizagem da língua portuguesa. Conservavam uma perspectiva adulta, visando educação moral, aconselhando as crianças ao bom comportamento e o civismo.Durante quase um século manteve dependente da escola, somente nos anos 60 é que se libertou, em parte, dos compromissos escolares.
Ao ler os capítulos 1 e 7 do livro “Gostosuras e bobices” de Fanny Abramovich, aprendi que contar histórias é uma arte e que por ser uma arte não pode ser feita de qualquer maneira. Têm no livro diversas dicas para que este momento de contar histórias seja especial, pois pode trazer muitos benefícios como: estimular o brincar, escrever, desenhar, teatrar, etc...
Estas aprendizagens influenciaram minhas práticas na sala de aula.Confesso que contava histórias de improviso, muitas vezes não lia o livro antes de contar para os alunos. Agora percebo a importância deste momento para a aprendizagem de meus alunos e procuro ler bem o livro antes, reservar um lugar especial para contar, motivar a atenção, criar um clima de envolvimento, usar as modalidade e possibilidades da voz.
Na vida pessoal, comecei a contar mais histórias para meu filho, reservando um momento especial .