domingo, 25 de novembro de 2007

Literatura



No semestre passado ( Segundo) estudei sobre infâncias e neste semestre ao estudar sobre Literatura infantil relembrei alguns conhecimentos construídos:
“ Cada sociedade, em cada tempo histórico atribui determinados significados a fase inicial da vida humana.” - Texto: Infância e literatura infantil – Página 1 -Disponível no Rooda.
Compreendi que as crianças tem vivências, hábitos e valores diferentes de um lugar para outro.
“ Segundo Áries, na idade média a infância era muito reduzida, ou seja, logo que a criança adquirisse uma certa independência dos adultos, como, por exemplo, conseguir andar, falar e comer sozinha, era introduzida mo mundo adulto e passava a circular em todos os ambientes destes. A arte medieval demonstrava esta indiferenciação entre adultos e crianças, ao representar as crianças com os mesmos traços e roupas dos adultos, sendo apenas diferentes em relação ao tamanho.” - Texto: Infância e literatura infantil- página 01– Disponível no Rooda.. Compreendi que as crianças eram consideradas adultos em miniatura.
“A partir do século XVI inicia-se um processo de constituição da infância.”Página 01 do texto: Infância e literatura infantil.
“ A literatura infantil surge com o propósito explicito de formar a criança e de lhe ensinar comportamentos desejáveis, tendo, portanto, um caráter eminentemente pedagógico. Durante muito tempo as obras infantis foram vistas somente com esta finalidade a de ensinar.” Texto: A literatura infantil no Brasil -página 01-Disponível no Rooda..
Na aula presencial do dia 21 de novembro aprendemos com a professora que atualmente pode-se ler um livro somente por prazer sem ter que trabalhar após algum conteúdo.
Aprendemos também que para contar uma história é fundamental que se goste e conheça bem. Vimos nas apresentações das colegas que uma história contada com prazer e bem ensaiada antes de apresentar atrai mais o público.
Enfim, como educadora geralmente contava histórias com o objetivo de ensinar conteúdos. Através dos estudos mudei esta forma de pensar e passei a contar mais histórias com o objetivo de despertar prazer !!!

domingo, 18 de novembro de 2007

Músicas que ouvimos




Trabalho na escola música com meus alunos. Temos uma rotina de iniciar as aulas com músicas, procuro diversificar para que este momento seja prazeroso e produtivo.
Sempre fui contra músicas com letras vulgares ou que não trazem nada de bom devido a criação que recebi de meus pais.
Atualmente vejo que virou modismo ouvir qualquer música, mesmo que a letra seja uma porcaria. Pensava que eu é que era conservadora e talvez estivesse errada, pois um grande número de pais e professores não selecionam as músicas.
Realizei a leitura do texto “Por que você ouve tanta porcaria?” de Alison Ávila, revista Aplauso- Porto Alegre, ano 3, número 22, 2000.
As partes que destaco como mais importantes são:
“Ainda na escola, as crianças se vêem convivendo com toda sorte de influências. São os coleguinhas que rebolam ao som da dança da boquinha da garrafa, ou têm na ponta da língua canções nada ingênuas. Soma –se a este processo o fato de que dificilmente as pessoas vão investir seu tempo em questionamentos sobre o que invade seus ouvidos. Primeiro, rebaixam-se às pessoas para, depois, oferecer-se uma arte rebaixada”.O grosso da sociedade foi empobrecido em seu conteúdo, e as pessoas perderam suas referências.” Página 9.
“Se cada músico, crítico ou jornalista da área montasse um grupo de audição musical numa escola, a exigência do público seria outra. Reclamar das gravadoras é fácil, por que os professores não tomam novas iniciativas?” Página 10.
Como mãe e professora pretendo continuar selecionando o que meu filho e alunos escutam.
Percebi que não devo ficar de braços cruzados vendo os outros se renderem a esta arte rebaixada. Devo conscientizá-los de que estão deseducando e influenciando os que estão ao seu redor.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Ludicidade



Assisti a entrevista da professora Tânia Fortuna, feita pelo programa Comportamento da TV-COM, na qual me trouxe reflexões sobre meu papel como professora e mãe.
Dentre as aprendizagens destaco algumas falas da professora Tânia:
“O jogo, enquanto atividade livre, é lúdico e contribui para aprendizagem, contribui para que o sujeito desenvolva-se cognitivamente, do ponto de vista da sociabilidade, raciocínio, colocando em cena seus temores e desejos brincando. Traz clima de desafio, surpresa, mistério, o sujeito sente-se pleno, contribui para aprendizagem significativa, prazerosa e efetiva.”
“O professor pode gostar de ensinar se o faz no contexto da brincadeira, pode produzir sucesso escolar e ao fazê-lo garante inclusão social, condição para que se mude a face do mundo, das relações”.
“O brincar não morre, assume novas formas. O trabalho é a forma de brincar para muitos adultos quando anuncia novos mundos, contato consigo mesmo e com os outros, quando é prazeroso, instigante.”
Refleti sobre meu papel como professora e estou procurando tornar o ambiente da escola, da sala de aula, mais prazeroso, explorando mais o lúdico com meus alunos através de jogos, brincadeiras. Percebi agora, mais do que nunca, o por quê da brincadeira, o por quê dos jogos, os benefícios que a ludicidade traz não só para meus alunos, mas também para que eu tenha mais prazer e realização em meu trabalho.
Como mãe, muitas vezes achava sem tanta importância as brincadeiras de meu filho, agora sei que brincar é coisa séria e valorizo mais este momento na vida de meu filho, e é claro, também na vida de meus alunos.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Teatro


Ao estudar sobre teatro realizei a leitura de vários textos importantes, mas o que mais me chamou atenção foi: “Improvisação para o teatro -A EXPERIÊNCIA CRIATIVA”, de Viola Spolin, disponível na biblioteca do Rooda.
Dentre as aprendizagens destaco:
"Todos são capazes de atuar no palco, talento ou falta de talento tem pouco haver com isso".Pág 1.
Esta afirmação me surpreendeu porque imaginava o teatro como algo para quem tem vocação, talvez por essa razão só utilizei este recurso uma vez com os meus alunos.Como estudante ou com minhas colegas de trabalho nunca aceitei um convite para participar de peça teatral.
"Uma atmosfera altamente competitiva cria tensão artificial, e quando a tensão substitui a participação, o resultado é a ação compulsiva" . Pág 5.
" O professor-diretor é aconselhado a apresentar o problema de atuação rápida e simplesmente. As vezes, o mero ato de escrever o problema do dia no quadro-negro é suficiente".Pág 27.
" Devemos ser flexíveis e alterar os planos no momento que for necessário". Pág 27.

Tenho como evidência das aprendizagens a aula prática do planejamento realizado para o Inventário Criativo.
Na atividade prática “Miroca, posso ir?”, os alunos questionaram o que aconteceria com quem chegasse na Miroca. Brincaram mais tranqüilos quando perceberam que todos chegariam no local indicado. Desta forma não competiram e participaram com mais entusiasmo.
Quanto a explicação das atividades, em muitos momentos explicava demais a atividade proposta, percebi que desta forma evitava a autodescoberta dos alunos. Como professora, mudei neste aspecto, evito explicar demais para que possam refletir mais.
Quanto a flexibilidade, na atividade prática, percebi que meus alunos sentiram a necessidade de representar os personagens da história “Férias na floresta”, deixei antes de iniciar a atividade planejada.
Após ler estas dicas importantes sobre teatro acredito que agora estou mais encorajada para aceitar um convite quando me proporem, ou quem sabe, ainda este ano utilizar novamente teatro como recurso.
Atividades do Inventário criativo:

1) Estátua na floresta

Cada aluno recebe o nome de um personagem.
Todos devem andar livremente pelo espaço representando.
O professor bate 1 palma e diz o nome de um dos personagens, os alunos que representam os outros devem virar estátua. Os alunos do personagem solicitado devem ver quais estátuas se mexeram, podem fazer com que as estátuas se mexam (fazendo rirem com caretas, etc...), mas não podem tocar no colega.
Ao bater 2 palmas devem cumprimentar o colega que está próximo como se fosse o personagem.

2) Miroca posso ir?

Os alunos ficam no ponto de partida, um aluno representa a Miroca.
Um aluno de cada vez diz:
- Miroca, posso ir?
Ela responde:
-Sim.
O aluno pergunta:
-Quantos passos devo dar?
Miroca responde qual personagem deve imitar e o número de passos.
Vence quem chegar primeiro no lugar de Miroca.


3) Que personagem é este?

Os alunos ficam posicionados em círculo.
De olhos vendados, um dos alunos deve pegar um papel do saquinho onde estará os nomes dos personagens da história “Férias na floresta,”após tirar a venda, ler em silêncio e representar para os colegas.
Quem acertar primeiro será o próximo a representar.
E assim continua a brincadeira.
História Férias na floresta

Era uma vez uma minhoca.
O nome dela era Miroca!
Ela morava num lindo jardim!
Lá também moravam suas sobrinhas...
Que ficavam
Correndo pra um lado... Pulando pro outro...
Parecendo pipoquinhas !!!
Miroca estava cansada.
-Não agüento mais gritaria! Já sei...Vou visitar a minha prima lá na floresta Amazônica!
Férias! Que alegria! Mas como eu chego lá?
Acessou a Internet...
Passou um e-mail...
Descobriu.
Pegou primeiro vôo e saltou no grande rio!!!
Mas no meio da floresta...
Uma tremenda confusão.
Água pra todo lado...
E árvore de montão!!!
Deslizando pelo rio veio um boto rosa bonitão!
- Olá minhoca, quer me ajudar a entregar os convites pra uma festa?
-Meu nome é Miroca e eu gosto de festa!
Mas não posso e ajudar.
Tenho que encontrar minha prima,
Que mora nessa floresta!
O boto saiu nadando...
E a Miroca foi minhocando...
Balançando de galho em galho, o macaco cabeludo chegou.
-E aí mana minhoca.
Tá a fim de me ajudar a procurar umas bananas pra levar numa festa?
-Meu nome é Miroca e eu gosto de festa!
Mas não posso e ajudar.
Tenho que encontrar minha prima,
Que mora nessa floresta!
O macaco saiu pulando...
E a Miroca foi minhocando...
Tucano-toco veio batendo asas e perguntou:
-Minhoca, minhoca, minhoca,
Estou indo a uma festa e tenho que levar:
Graviola, açaí e guaraná.
Me ajuda a encontrar?
-Meu nome é Mi-ro-ca e eu gosto de festa!
Mas não posso e ajudar.
Tenho que encontrar minha prima,
Que mora nessa floresta!
O Tucano-toco saiu voando...
E a Miroca foi minhocando...
Bicho –preguiça, dependurado na embaúba, vê Miroca e começa a chamar...
Ô Miroca, você pode me ajudar?
Preciso arrancar algumas folhas desta árvore pra numa festa levar!
-Meu nome é Miroca e eu gosto de festa!
Mas não posso e ajudar.
Tenho que encontrar minha prima,
Que mora nessa floresta!
O bicho –preguiça saiu se espreguiçando...
E a Miroca foi minhocando...
Miroca olhou pro lado e viu um jacaré engraçado.
Era um jacaré-açú com cabelo arrepiado!!!
- E aí, Minhoca! Dá pra ajudar a encontrar minha guitarra?
Tenho que animar uma festa na floresta!
-Meu nome é Miroca e eu gosto de festa!
Mas não posso e ajudar.
Tenho que encontrar minha prima,
Que mora nessa floresta!
Jacaré-açú saiu procurando...
E a Miroca ficou chorando!!!
Será que a prima Jibóia mora em outro lugar?
Um indiozinho que por ali passava quis saber por que ela chorava.
-Estou procurando a minha prima... a Gertrudes...
Você pode me ajudar?!
Eu vou a uma festa... lá vão estar todos os habitantes da floresta .
Sua prima deve estar lá...
E a Miroca e o indiozinho seguiram pelo caminho...
Chegando lá na festa...
Surpresa!!!
A festa era pra ela.
Olha só que beleza!!!


Autores:
Leia Cassol
Vitor Siegle
Editora Cassol