segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Educação de jovens e adultos

Trabalho com alfabetização de crianças e tive oportunidade de ler o livro Psicogênese da língua escrita, de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, aprendi sobre as hipóteses que as crianças formulam sobre a escrita e os níveis que passam , mas tinha curiosidade sobre como é o processo de alfabetização quando se é jovem ou adulto. Me questionava se passavam pelos níveis de escrita, se formulavam hipóteses como as relatadas no livro da Psicogênese, como mínimo de 3 letras para escrever, relação do tamanho com o número de letras , exemplo: elefante com muitas letras porque é grande e formiga com poucas letras porque é pequena.
Há diferenças entre o processo de alfabetização de jovens, adultos e crianças, por parte dos jovens e adultos deve-se levar em conta a maior trajetória de vida, o fracasso que vivenciaram, as dificuldade para o acesso a escola, baixo auto-estima e insegurança, os objetivos para que estejam frequentando uma escola como desejar aprender e buscar oportunidade de adquirir um emprego melhor, no entanto , no momento da escrita também formulam hipóteses e passam pelos níveis assim como as crianças.
Ao estudar sobre a Eja compreendi que o educador deve levar em conta toda a sua história procurando não infantilizá-lo, o professor muitas vezes encontrará na sala de aula alunos que trabalharam o dia todo e estão na escola cansados, outros que foram excluídos da escola pois não tiveram oportunidade de estudar quando crianças por várias razões como ter que trabalhar, enfim, muitas pessoas com baixa auto-estima e que precisam de atenção e oportunidades.

domingo, 7 de novembro de 2010

Semestre 6: Questões étnicos raciais

No sexto semestre ao estudar a interdisciplina de Questões étnicos raciais lembro que tinha apenas um aluno negro e nenhum no ano anterior, por esta razão não percebia necessidade de trabalhar em sala de aula questões étnicos raciais.
Através dos estudos na interdisciplina percebi que estava errada, pois a vida dos alunos não se restringe somente somente ao espaço escolar , todos convivem com a diversidade nos lugares que frequentam e na escola não ficam apenas na sala de aula , mas no recreio, entrada e saída em contato com pessoas de diferentes idades, experiências de vida e características físicas.
De acordo com o texto “Era uma vez uma menina muito bonita, uma prática pedagógica relacionada com a questão racial em uma turma de alfabetização” , de Luciane Andréia Ribeiro Leite:
Trabalhar sobre a discriminação racial nas Séries Inicias é ao mesmo tempo um
tema indispensável e complexo. Indispensável porque é neste momento que a criança está
em formação física, cognitiva e moral, sendo assim, a intervenção pedagógica poderá
contribuir para que ela venha conviver nesta sociedade, de múltiplas configurações étnicas,
religiosas, culturais, compreendendo essas diferenças e como são produzidas na sociedade.
Complexo, pois envolve não somente os preconceitos dos alunos/as, mas também dos
próprios professores. Em função disso muitas vezes este tema ou é tratado de forma
superficial, enfatizando só o sentimento de consideração por ter o negro contribuído para a
construção da ‘nação brasileira’, ou é simplesmente ignorado.
Atualmente tenho diversos alunos negros, já aconteceu na sala de aula situações de preconceito com relação a cor e obesidade, mas todos convivem bem com as diferenças pois através dos estudos minha prática pedagógica mudou: Trabalho a diversidade e diferentes culturas como africana e indígena não apenas em datas específicas, mas em diversos momentos.

Blog semestre 5: Projetos de aprendizagem:

Recentemente estava tendo a oportunidade de conhecer sobre projetos de aprendizagem e propondo a meus alunos, mas fiquei surpresa ao conhecer a proposta da interdisciplina de projetos disponível no quinto semestre do Pead.
A proposta era de realizar um projeto em que o tema seria escolhido pelos alunos, para isso realizaríamos um levantamento de perguntas referentes a curiosidades que os alunos gotariam de estudar, relataríamos nossas dúvidas e certezas sobre o assunto, pesquisaríamos, buscaríamos estratégias diversificadas para responder as questões, elaboraríamos um mapa conceitual com as dúvidas e certezas do grupo e construiríamos um texto com as aprendizagens construídas.
No início o processo tudo parecia muito difícil, principalmente porque até o momento era sempre o professor que fazia a proposta de qual tema iríamos estudar.
Tivemos a oportunidade de vivenciar esta prática com as colegas do Pead, parecia que na sala de aula seria impossível, mas vivenciando com as colegas estaríamos experimentando esta nova proposta para ver se era possivel realizar com nossos alunos.
Para minha surpresa deu certo, surgiram temas interessantes para estudo e me senti mais motivada para estudar porque o tema escolhido era algo de meu interesse e de meus colegas, não virou bagunça como temia pois o processo foi claro, organizado e todos se envolveram.
Confesso que ainda não propus a meus alunos, mas não vejo como algo impossível, pelo contrário, é uma proposta muito interessante e quando tiver oportunidade, experimentarei em minha prática pedagógica.

Semestre 4 : Matemática

No quarto semestre, percebi sobre o quanto é importante trabalhar a Matemática no processo de alfabetização.
Sempre tive preferência pela disciplina de Português e como o principal objetivo cobrado em relação aos segundos anos para a aprovação ao terceiro é a alfabetização, muitas vezes deixava a Matemática de lado trabalhando somente quando sobrava tempo. Compreendia que estar alfabetizado era saber ler e escrever de forma que a leitura seja com compreensão e na escrita haja coerência, ou seja, noções de início, meio e fim; no entanto, somente a linguagem era levada em conta.
Durante as leituras e atividades propostas nesta interdisciplina ficou claro o quanto a Matemática é importante e que pode ser trabalhada de forma diferente tornando-se prazerosa para mim e meus alunos.
Trabalhar Matemática é importante em primeiro lugar porque está presente no dia a dia
De acordo com o texto “A MATEMÁTICA DA VIDA”, disponível na interdisciplina de Matemática no quarto semestre:

Tomo a matemática como referência crucial do processo de alfabetização/alfabetismo, sendo sua importância nem maior, nem menor que a questão da leitura e escrita.
Na escola, matemática e língua portuguesa não se articulam adequadamente, embora na prática da vida não seja possível interpor qualquer estranhamento. Para reconstruir a realidade que nos cerca, precisamos tanto do alfabeto, quanto dos números, sem falar que "mesmo as tentativas mais singelas de iniciação à matemática pressupõem um conhecimento da língua materna, ao menos em sua forma oral, o que é essencial para a compreensão do significado dos objetos envolvidos ou das instruções para a ação sobre eles" (Machado, 2001, p.1S).
Para dar conta da realidade precisamos de ambas, leitura/escrita e matemática. Uma pode ser mais, outra menos formal, uma mais, outra menos polissêmica, uma mais, outra menos ambígua, mas ambas fazem parte da comunicação humana, são linguagens e que, como tais, expressam não só como dinâmicas podem ser formalizadas, como também a necessidade de as desformalizar, desconstruir, questionar.
Ser alfabetizado em Matemática, então, é compreender o que se lê e escreve, o que se compreende a respeito das primeiras noções de lógica, de aritmética e de geometria. Assim, a escrita e a leitura das primeiras idéias matemáticas podem fazer parte do contexto de alfabetização.

Percebi claramente que estar alfabetizado não é apenas dominar a leitura e escrita, mas conhecer os números relacionando a quantidade, perceber que são importantes e estão presentes no cotidiano tanto quanto as letras, utilizá-los para resolver situações problemas através dos cálculos envolvendo as quatro operações.
Atualmente trabalho a Matemática diariamente de forma lúdica e que desafia os alunos, utilizo recursos variados como Tangran, Blocos Lógicos, Material Dourado. Enfim, tenho prazer em trabalhar a Matemática, e tem seu espaço valorizado tanto quanto a Linguagem.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O lúdico no processo de aprendizagem

Quando iniciei minha experiência profissional como professora regente nas séries iniciais, dedicava-me ao meu trabalho, mas tinha uma grande preocupação com os conteúdos e por isso não havia tempo para o jogo, a brincadeira. Os alunos sentavam-se em duplas ou fila e faziam trabalhos individuais.
No terceiro semestre do Pead ( Pedagogia a distância) tive a interdisciplina “Ludicidade e educação” em que através das leituras de autores como Tânia Ramos Fortuna, Neusa Maria Carlan Sá, Euclides Redin, comecei a despertar para novas formas de desafiar os alunos, através de jogos e brincadeiras.
Ao tentar definir jogo, Huizinga ( ed. Orig. 1938) descreveu-o como atividade voluntária, exercida dentro de certos limites de tempo e espaço , segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotada de um fim em si mesma, acompanhada de um sentimento de tensão e de alegria e de uma consciência de ser diferente da vida cotidiana ( caráter fictício). Callois ( ed. orig. 1958) sublinhou sua dimensão imprevisível, cujo desfecho não se pode determinar dependente que é da capacidade de inventar do jogador. Texto Sala de aula é lugar de brincar? Pág 1 Tânia Ramos Fortuna .
Percebi que com os jogos e brincadeiras podiam aprender além dos conteúdos de forma mais prazerosa e isso não seria perca de tempo.
Minha prática pedagógica foi aos poucos mudando: Não via mais o jogo, brincadeira, como perca de tempo, meus alunos tinham acesso a material concreto para manusear quando necessário e até propus momentos de jogo e brincadeiras , no entanto, estes momentos eram pontuais, tinha dia e hora certos para os jogos, era o “ dia do jogo” proposto “uma vez por semana”, tinha também o “dia do brinquedo”, também uma vez por semana. Geralmente sentavam em grupos, mas na maioria dos momentos era apenas a disposição das classes, pois muitas das atividades propostas eram realizadas de forma individual.
As aulas estavam se tornando mais dinâmicas e prazerosas, mas me questionava com a freqüência em que o lúdico era proposto a meus alunos.
“Se examinarmos detalhadamente as práticas pedagógicas predominantes na atualidade constataremos a inexistência absoluta de brinquedos e momentos para brincar na escola. Os pátios, áridos, resumem o último baluarte da atividade lúdica na escola, ainda que desprovidos de brinquedos atraentes, ou mesmo sem brinquedo, sobre o pretexto de “proteger os alunos” ou alegando que “estragam”. Nos raros momentos em que são propostos, são separados rigidamente das atividades escolares, como o “canto” ou o “dia do brinquedo,_ e, assim mesmo, apenas nas escolas infantis , pois nas classes de ensino fundamental estas alternativas são abdominadas, já que os alunos estão ali para aprender e não para brincar.” Texto Sala de aula é lugar de brincar? Pág 3 Tânia Ramos Fortuna .
Mesmo propondo “O dia do brinquedos e dos jogos separados” , em momentos pontuais, já havia tido um progresso, pois já estava compreendendo que aprender e brincar podiam estar interligados.
No primeiro semestre de 2010 chegou o momento tão esperado do estágio do Pead, estagiei com a turma que atualmente sou professora regente, segundo ano.
A cada ano procuro inovar, trazer a meus alunos novos desafios. Meu desafio para este ano letivo era de trabalhar o lúdico em diversos momentos e propor atividades em que os alunos pudessem trabalhar em grupos, se ajudando mutuamente, havendo colaboração, desta forma, os alunos estarem em grupos não seria apenas a disposição das classes.

Confesso que não foi fácil, em diversos momentos brigavam por não conseguirem conciliar opiniões diferentes, mas não desisti e aos poucos foram aprendendo a conviver e respeitar opiniões diferenciadas.
Percebi que as atividades realizadas com o lúdico contribuíram para despertar maior interesse dos alunos resultando em aprendizagem significativa, nos momentos em que o lúdico foi trabalhado aprendi mais relacionado teoria com a prática e possibilitando interdisciplinaridade.
Através do trabalho com o lúdico pode não apenas na teoria, mas na prática vivenciada, rimar aprender com prazer.

Alfabetização e letramento

Quando comecei a trabalhar no município de Esteio, tive minha primeira experiência com alfabetização, já havia lido o livro Psicogênese da língua escrita, de Emília Ferreiro e Ana Teberoski e me encantado com as hipóteses sobre a leitura e escrita, sobre os níveis que as crianças passam até serem alfabetizadas. Foi quando tive minha primeira experiência com alfabetização que fui me deparar na prática com a realidade descrita no livro, hipóteses como poucas letras não servem para ler , muitas letras corresponderem a objetos grandes e poucas a objetos pequenos, escreverem uma letra para cada sílaba, após conflito para o Silábico-alfabético, enfim várias etapas até estarem alfabetizados.
No segundo semestre ouvi falar sobre letramento, pensava que se estava alfabetizado já era automaticamente letrado e percebi nas leituras que uma pessoa pode nem estar alfabetizado e ser letrado, então surgiram trocas de idéias com colegas de trabalho e faculdade a respeito do que é ser letrado e para a minha surpresa pessoas com formação em pedagogia não sabiam a resposta a minha inquietação.
De acordo com a síntese dos dois primeiros capítulos (O que é Letramento? E O que é Letramento e Alfabetização) do livro: SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Autêntica: Belo Horizonte, 2001:

“Um sujeito letrado é aquele que se envolve em práticas sociais de leitura e escrita.
Uma criança, que mesmo ainda não dominando a técnica da leitura e da escrita, folheia livros, jornais, revistas... finge lê-los, brinca de escrever, escuta histórias lidas por outro, está rodeada de material escrito e percebe seu uso e função, pode ser considerada letrada, pois já entrou no mundo do letramento. Embora, seja considerada analfabeta, pois ainda não aprendeu a ler e escrever.
Uma pessoa letrada é aquela que, além de aprender a ler e a escrever, faz uso dessa aprendizagem, envolve-se em práticas sociais de leitura e escrita. Acredita-se que, essa pessoa, ao tornar-se letrada, muda seu lugar social, seu modo de viver na sociedade, sua inserção na cultura, sua forma de relacionar-se com as outras pessoas, com o contexto etc. Esse processo de letramento pode trazer ao sujeito conseqüências lingüísticas, conforme já mostraram algumas pesquisas: uma pessoa letrada fala de forma diferente de uma iletrada ou analfabeta; depois de concluído o processo de letramento, há adultos que passam a falar de maneira diferente, demonstrando que o convívio com a língua escrita pode ter como conseqüências mudanças na língua oral, nas estruturas lingüísticas e no vocabulário.
... aprender a ler e escrever significa adquirir uma tecnologia, a de codificar em língua escrita e decodificar a língua escrita; (...) um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado; alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever; já o indivíduo letrado, o indivíduo que vive em estado de letramento, é não só aquele que sabe ler e escrever, mas aquele que usa socialmente a leitura e a escrita, pratica a leitura e a escrita, responde adequadamente às demandas sociais de leitura e escrita. (p. 39 e 40)
Pode-se assim afirmar que, letramento é a condição de quem interage com diferentes portadores, gêneros, funções e tipos de leitura e escrita na vida.
A preocupação, nos dias de hoje, não deve centrar-se apenas em ensinar a ler e a escrever, mas também, e sobretudo, levar as pessoas a utilizarem a leitura e a escrita, envolvendo-se em práticas sociais dessas."
A partir da leitura destes textos qualifiquei mais minha prática docente, percebi que não basta ensinar a ler e escrever, mas trabalhar diferentes portadores de textos e criar estratégias diversificadas para que a leitura e escrita seja algo prazeroso, significativo e não apenas algo a mais que deve-se aprender na escola.

Projeto Político-Pedagógico

No ano de 2006 iniciei este curso de Pedagogia e tive uma interdisciplina sobre a organização da escola e a elaboração do documento PPP.
Não sabia que PPP significava Projeto Político Pedagógico, tampouco como era construído. Isto porque 2006 era o primeiro ano que estava trabalhando em escola municipal, minha experiência anterior era em escola particular e a palavra PPP era desconhecida pelos professores e comunidade, acredito que quem elaborava era a chefia que coordenava toda a rede destas escolas.
Nos estudos descobri que PPP é o rumo, a direção que a escola perseguirá durante um período , por esse motivo, não deve ser detalhado e rígido, precisa ser flexível e prever reformulações. Deve ser construído no coletivo da escola, sua construção deve envolver todos da comunidade escolar: segmento de pais, professores, equipe diretiva. Não deve ser um documento burocrático, que provavelmente não será cumprido e sim algo objetivo, de acordo com a realidade, por esta razão cada escola deve construir o seu, não pode ser igual em uma rede de escolas como havia vivenciado anteriormente.
De acordo com o texto Projeto Político-Pedagógico, documento de identidade da escola contemporânea, de Ana Mariza Ribeiro Filipouski e Neiva Otero Schaffer:
“Detalhando a sugestão, nesta primeira parte, será interessante que constem:
1 . os dados de identificação da escola, isto é, os dados formais (a localização e a razão da localização; o significado do nome; documentos legais, como ano de criação e outros; níveis de ensino que oferece; número de professores e alunos, por nível; equipe técnica e funcional);
2. um breve histórico da vida da escola, com destaque para elementos relevantes a serem registrados;
3. a caracterização do prédio e dos recursos hoje disponíveis.
À segunda parte corresponde o diagnóstico, para o qual é imprescindível a avaliação coletiva realizada pela comunidade escolar. Aí se apresentam, de forma sucinta, as características atuais da escola no que se refere:
a) às finalidades da educação que realiza;
b) aos alunos que compõem o corpo discente e os princípios de sua formação;
c) à gestão da escola (como ela é administrada, quem decide, quem executa);
d) às práticas pedagógicas comuns na escola (que conhecimentos têm sido priorizados, que estratégias têm sido adotadas no ensino, que recursos são utilizados, que projetos realiza e qual a justificativa pedagógica para sua realização);
e) aos resultados alcançados (qual o nível de satisfação de professores e alunos com o trabalho, qual a situação da aprendizagem/evasão e reprovação);
f) à forma atual de avaliação e progressão dos alunos;
g) aos principais problemas e conflitos que enfrenta.”

Foi através dos estudos no Pead que aprendi sobre este documento, a teoria juntou-se a prática quando participei da elaboração do primeiro PPP da escola que atualmente trabalho. Este momento foi muito importante porque os professores se dividiram por grupos de estudos e me envolvi diretamente na parte da avaliação, havia um descontentamento porque a avaliação era descritiva, era muito cansativa para os professores elaborarem e a comunidade não compreendia, desta forma propomos outro forma de expressar os resultados da avaliação e buscamos embasamento teórico para a escolha .
De acordo com o texto Projeto Político-Pedagógico, documento de identidade da escola contemporânea, de Ana Mariza Ribeiro Filipouski e Neiva Otero Schaffer:
“Ainda que a construção deste documento seja incumbência de cada um e de todos os professores, talvez seja oportuno que se formem grupos de estudos por assunto, os quais assumirão a responsabilidade de organizar sessões de discussão e sistematização do documento, submetendo ao coletivo um texto previamente aprofundado por alguns professores.”
Atualmente sei sobre a importância deste documento para a organização da escola e meu papel para sua construção, este ano juntamente com a comunidade escolar participei novamente da construção do PPP , vou aprendendo mais e ampliando minha participação.

Tecnologia no contexto escolar

Antes de iniciar este curso de Pedagogia tinha pouco contato com computador, apenas digitada com dificuldades alguns textos e avaliações dos alunos, mas não tinha contato com Internet, não sabia nem mandar um e-mail. Não buscava aprender porque tinha medo de mexer no computador e não saber, fazer algo errado e passar por ignorante.
Na escola que trabalhava, as crianças tinham aula de informática somente com outra professora. Tinha a oportunidade de agendar horário uma vez por semana para ir ao laboratório e trabalhar com meus alunos, mas nunca ia, achava que já estava ótimo a oportunidade de irem uma vez por semana, afinal de contas, faltaria tempo para dar todos os conteúdos propostos do ano letivo.
As únicas aulas de informática dos alunos, não tinham seguimento com o que estava sendo trabalhado na sala de aula.
De acordo com o texto: A introdução da informática no ambiente escolar, do Professor José Júnio Lopes:
“No começo, quando as escolas começaram a introduzir a informática no ensino, percebeu-se pela pouca experiência com a tecnologia, um processo um pouco caótico. Muitas escolas introduziram em seu currículo o ensino da Informática como pretexto da modernidade. Mas o que fazer nestas aulas? E quem poderia dar estas aulas? A princípio contrataram técnicos que tinham como missão ensinar informática. No entanto eram aulas descontextualizadas, com quase vínculo nenhum com as disciplinas, cujos objetivos principais eram o contato com a nova tecnologia e oferecer a formação tecnológica necessária para o futuro profissional na sociedade”. Pág 2
No primeiro semestre do curso de Pedagogia da UFRGS tive uma interdisciplina sobre o uso das tecnologias na escola.
Descobri através dos estudos que os recursos computacionais devem ser usados na escola tendo sempre um objetivo, desde que orientado de maneira adequada traz benefícios para a educação, pode possibilitar a aprendizagem dos conteúdos de forma diferenciada resultando em construção de conhecimento dinâmico e significativo.
A partir dos estudos do Pead tive maior contato com a tecnologia, fui perdendo o medo e gostando das novas descobertas, comecei a ir com mais frequencia ao laboratório e criar atividades que pudessem aproveitar este espaço aprendendo de forma mais significativa os conteúdos propostos.
Atualmente sei que tenho muito o que aprender, mas posso dizer que sou muito diferente daquela pessoa que iniciou o curso da UFRGS no ano de 2006, quando não sei algo não tenho medo de buscar, gosto de usar a internet como recurso para buscar novas estratégias de ensino, crio atividades para que possam ir ao laboratório e usar o computador procurando sempre relação com os conteúdos trabalhados em sala de aula.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Informática no contexto escolar

Esta semana a atividade que foi mais significativa foi uma produção textual em duplas no Laboratório de informática, os alunos já tiveram oportunidade de escrever textos na sala de aula, mas no laboratório foi bem mais significativo para eles porque tiveram contato com a tecnologia que despertou interesse e maior vontade de aprender.
Nesta escola já trabalhava com os alunos no Laboratório de informática, no entanto apenas utilizava este espaço para que os alunos jogassem na internet, não havia uma proposta de trabalho utilizando para trabalhar os conteúdos de forma diferenciada, através dos estudos no Pead, percebi o quanto o uso das tecnologias poderiam contribuir para que meus alunos aprendessem os conteúdos de forma mais atrativa.
“O próprio espaço do laboratório de informática já estimula a participação dos alunos nas atividades propostas, considerando que a maioria dos alunos da rede pública de ensino só consegue ter acesso a computadores na escola. Normalmente o desempenho dos alunos melhora e muitos professores relatam a maneira como o computador contribuiu para o processo de aprendizagem. Conteúdos curriculares são integrados às atividades e os alunos desenvolvem habilidades tecnológicas durante a realização das propostas. Motivados e felizes, alunos compartilham com a família as inovações da escola e as novas aprendizagens. Os pais percebendo o entusiasmo dos filhos começam a acreditar que eles poderão conquistar melhores condições de vida, convictos de que a Educação é a único instrumento capaz de conter o crescimento das desigualdades sociais, incluindo e acolhendo a todos, sem distinção.” As novas tecnologias da infoormação e comunicação no contexto escolar, de Elisete Oliveira Santos Baruel
De acordo com (FRÓES) “Os recursos atuais da tecnologia, os novos meios digitais: a multimídia, a Internet, a telemática trazem novas formas de ler, de escrever e, portanto, de pensar e agir. O simples uso de um editor de textos mostra como alguém pode registrar seu pensamento de forma distinta daquela do texto manuscrito ou mesmo datilografado, provocando no indivíduo uma forma diferente de ler e interpretar o que escreve, forma esta que se associa, ora como causa, ora como conseqüência, a um pensar diferente.” A introdução da informática no ambiente escolar, de Professor . José Junio Lopes .
Desta forma, utilizei a informática como uma aliada no processo de construção da aprendizagens de meus alunos e o resultado está sendo positivo.

domingo, 13 de junho de 2010

QUINTA-FEIRA, DIA 10/06 realizamos uma atividade muito especial,estamos estudando sobre a escola e a atividade que destaco para este blog foi as entrevistas as pessoas que trabalham na escola, os grupos escolheram quem gostariam de entrevistar, cada grupo escreveu em folha e nome dos componentes, quem entrevistariam, nome da pessoa , criaram as perguntas e anotaram .
Recebemos na sala de aula as pessoas que foram convidadas para entrevista: Uma professora, secretária, diretora e vice, um funcionário da limpeza, uma merendeira, orientadora e supervisora.
Os entrevistados ouviam as perguntas, respondiam e toda a turma escutava, os grupos responsáveis anotavam as respostas .
Percebi o brilho nos olhos das crianças cada vez que ia um funcionário diferente da escola para ser entrevistado, sentiam-se valorizados e faziam de tudo para corresponder, um grupo até se posicionou levantando para realizar as perguntas, os outros gostaram e passaram a levantar-se também, as perguntas eram bem características deles, exemplo: Perguntaram para a professora escolhida do terceiro ano: Você sabe dar uma boa aula? Você vai dar uma boa aula para nós? Você passa muita coisa no quadro? Quando você vai para de ser professora?
Para o senhor que trabalha na limpeza perguntaram se ele limpa o banheiro, se põe papel higiênico no banheiro, se usa luva para fazer seu trabalho
"A valorização do “Ser” a partir de seu contexto histórico e cultural permeia toda proposta curricular. Segundo Vigotsky, o aluno não é só o sujeito da aprendizagem, mas, aquele que aprende com o outro (colegas e adultos) o que o seu grupo social produz, construindo assim seus valores, sua linguagem e o próprio conhecimento."
"Professores, auxiliares, coordenadores, cozinheiras, serviços gerais, voluntários e diretoria são considerados educadores a partir do momento que participam direta ou indiretamente dos projetos desenvolvidos e como tal devem corresponder aos seguintes anseios:
Acreditar na educação como meio de transformação social;
• Entender a educação a partir da visão sistêmica: tudo está interligado, a contextualização das partes leva à compreensão do todo;
• Acolher a diversidade;
• Adotar uma postura reflexiva, compreendendo e não julgando;
• Utilizar o afeto como principal recurso pedagógico;
• Investir nas possibilidades dos educandos, estimulando, desafiando e mediando a aprendizagem;
• Ter consciência de que seus atos, palavras e sentimentos são modelos e referências para toda comunidade educativa."
Estou aprendendo a valorizar mais o que meus alunos produzem, já propus em outro ano que realizassem entrevistas com as pessoas que trabalham na escola, mas dei as perguntas prontas para que entrevistassem, com esta atividade concluí que foi muito melhor para eles criarem as perguntas do que eu dar pronta, assim sentiram-de mais valorizados, tiraram suas dúvidas, pensaram e produziram mais.
http://www.alfagente.org.br/blog/?page_id=97

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Quarta-feira, dia 2/06, propus uma atividade de Matemática em que os resultados me chamaram atenção, distribuí desenhos de casinhas que deveriam pintar, recortar e colar em uma rua desenhada por eles, mas para isso deveriam classificar, escolheriam um dos critérios, como: porta escura ou clara, 1 ou 2 janelas, modelo de telhado, com ou sem chaminé, cor que pintaram.
Percebi que alguns alfabetizados ficaram com dificuldades, um aluno até chorou porque já havia colado na folha e não conseguia classificar, ele não conseguia entender que o critério escolhido seria utilizado para todas as casinhas do mesmo lado da rua, acalmei o menino e classifiquei com ele de todas as formas possíveis, após disse que deveria escolher uma forma para classificar, escolheu de acordo com as chaminés e conseguiu compreender a proposta.
Pedi que colocassem o nome na rua e deveria ser o nome e número da rua onde moram, questionei qual é o número do vizinho da frente e qual critério era utilizado para escolha dos números para quem coloca luz como a CEE ou Nortram, coloquei no quadro alguns exemplos de números dos alunos e seus vizinhos da frente classificando, após várias tentativas de adivinhar qual o critério, falei que de um alado da rua são números pares e de outro ímpares, questionei se sabiam o que são números pares e ímpares, alguns só conheciam a brincadeira “ discordar”. Chamei algumas crianças para irem a frente e se agruparam de 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9, fui formando pares entre eles, expliquei que se formarem pares sem sobrar ninguém o número é par, se alguém ficar sozinho no grupo é ímpar, registramos no caderno. Falei sobre ver a unidade de cada número para descobrir se números maiores são pares ou ímpares. Solicitei que escolhessem números pares para colocar nas casas de um lado da rua e ímpares do outro cuidando para que sua casa e a do vizinho ficassem do lado certo, compreenderam bem, alguns tiveram um pouco de dificuldade, precisaram usar também tampinhas para formar grupos e relembrar quais eram pares e ímpares.

“O jogo é um importante aliado para o ensino formal da matemática, através de jogos como: boliche, bingos, dominó, baralho, dado, quebra-cabeça, xadrez, jogo da memória, jogo da velha, jogo dos primeiros números, na ponta da língua, blocos lógicos, linha da vida, caixa surpresa, números impares, números pares, brinquedos educativos, tridimensional, habilidades de calculo, módulos educativos (desenvolve-se habilidades operatórias).
Segundo Antunes (1998) "Entende-se por habilidade operatória uma aptidão ou capacidade cognitiva e apreciativa específica, que possibilita a compreensão e a intervenção de indivíduo nos fenômenos sociais e culturais e que o ajude a construir conexões".
Kishimoto, (2000) "defende que com a aquisição do conhecimento físico, a criança terá elementos para estabelecer relações e desenvolver seu raciocínio lógico matemático, o que é importante para o desenvolvimento da capacidade de ler e escrever".
É viável observar que para o sujeito apropriar-se de conceitos como de números é necessário que este exercite a ação mental sobre o objeto social de conhecimento.
Ainda para Kishimoto (2000) "Para o desenvolvimento do raciocínio lógico matemático, o mediador deve organizar jogos voltados para classificação, seriação, seqüência, espaço, tempo e medidas". A introdução de jogos como recurso didático nas aulas de matemática é tido como possibilidade para diminuir os bloqueios apresentados por alguns alunos, a respeito da matemática.”
Texto “A matemática aplicada de forma lúdica” Valdirene Araújo da Silva Souza 29/01/2009

Esta atividade foi bastante significativa para mim e meus alunos, ambos aprendemos muito. Já trabalhei números pares e ímpares em outra escola com uma turma de Segunda serie, atual terceiro ano, usei apenas livro e lápis e como tiveram dificuldade de aprender, isso porque o interesse era pouco.
Percebo dia a dia como é importante trabalhar o lúdico, o concreto, despertar interesse e curiosidade desafiando-as para realizarem novas descobertas!

domingo, 30 de maio de 2010

Jogos no cotidiano escolar

Esta semana propus a meus alunos um jogo bem diferente, deveriam em grupos, escrever em uma folha frases com nomes dos colegas que desejassem de forma que rimasse, o grupo que formasse o maior número de frases com rimas seria campeão e cada componente ganharia um pirulito. Esta foi a atividade que mais se envolveram, aprenderam e se divertiram de toda a semana, criaram diversas frases com rimas muito engraçadas, permiti que escrevessem desde que não tivesse palavrões e algo que desse a entender preconceito a algum colega.
Algumas frases das crianças em que todos brincaram sem se ofender, riam juntos e não ficavam brabos:
A Joanna dorme de vestido na cama.
A Beatriz tirou sujeira do nariz.
O Juan come maçã.
A Alice fez xixi na bice.
A Gabriela gosta de comer na panela.
A Ana toma mamá na cama.
Após a contagem das frases, fizemos um jogo da forca com as frases que os alunos criaram, escolhi algumas e jogamos. Se envolveram muito e precisavam ir lendo para tentar descobrir quais frases estavam no jogo para que não fossem “enforcados”.
“É muito mais fácil e eficiente aprender por meio de jogos, isso é válido para todas as idades, desde o maternalaté a fase adulta. O jogo em si possui componentes do cotidiano e o envolvimento desperta o interesse do aprendiz que se torna sujeito ativo doprocesso,e a confecção dos próprios jogos é ainda mais emocionante do que apenas jogar.”
Texto:A importância dos jogos e brincadeira no cotidiano escolar”, de Vivian Karla Carvalho Alves
“Dentre muitas atividades lúdicas que podem ser desenvolvidas em sala de aula destacamos o brincar e o jogar. Os jogos têm imenso valor educacional. Quando conduzidos em grupos, tais jogos proporcionam o aprendizado de forma muito mais eficiente que os tradicionais exercícios em folhas mimeografadas. Os jogos em grupo também promovem o desenvolvimento da inteligência e estimulam crescimento da capacidade de cooperação entre as crianças.”
“Ao trabalhar em pequenos grupos, as crianças precisam acompanhar o raciocínio de seus colegas e desenvolver estratégias para poderem permanecer no jogo ou vencer. Contrariamente, quando trabalha só em sua folha de exercícios, a criança lida apenas com a sua forma de pensar, sem precisar coordenar diversos pontos de vista. É precisamente pela coordenação e reflexão sobre diferentes opiniões que a criança avança em seu próprio pensamento. Desta forma, é natural que ela aprenda muito mais no desenvolvimento de um jogo do que nas lições mimeografadas.”
Texto: Os jogos e brincadeiras no cotidiano escolar http://capimgrosso.net/index.php?view=article&catid=25:infantil&id=186:os-jogos-e-as-brincadeiras-no-cotidiano-escolar&option=com_content&Itemid=213
“E ao resgatarmos as funções do lúdico na formação do educador e do educando estamos retomando a história e a evolução do homem na sociedade, pois cada época e cada cultura tem uma visão diferente de mundo, pois a criança não tinha a existência de hoje ela era considerada miniatura do adulto ou quase adulto, os jogos e brinquedos, embora sendo um elemento sempre presente na humanidade desde seu início também não tinha a conotação que tem hoje, eram vistos como fúteis e tinha como objetivo a distração e o recreio sendo assim dentre as contribuições mais importantes deste estudo podemos destacar que:
• As atividades lúdicas possibilitam exercitar as resistências ’’pois permitem a formação do auto conceito positivo;
• As atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento integral da criança já que através destas atividades a criança se desenvolve afetivamente, convive socialmente e opera mentalmente.
• O brinquedo e o jogo são produtos de cultura e seus usos permitem a inserção da criança na sociedade;
• O brincar é uma necessidade básica assim como é a nutrição, a saúde, a habitação e a educação ;
• O jogo é essencial para a saúde física e mental.
• O jogo simbólico permite à criança vivências do mundo adulto e isto possibilita a meditação entre o real e o imaginário.”
“Em prol desta sugestão será preciso, portanto, que currículos sejam repensados, dando aos jogos ,brinquedos e brincadeiras um novo desenvolvimento de ensino aprendizado desenvolvendo a alegria de entender a escola como um espaço, acima de tudo prazerosa, pois o jogo é para a criança o exercício e a preparação para a vida adulta, assim a criança aprende brincando o que a faz desenvolver suas potencialidades, porém é importante que o educador ao utilizar um jogo, tenha definidos, objetivos a alcançar e saiba escolher o jogo adequado ao momento educativo. Enquanto a criança está simplesmente brincado incorpora valores, conceitos e conteúdos que o educador poderá estar anotando para serem analisados e colocados em prática num futuro bem próximo.”
“ Para formar professores com pleno conhecimento lúdico é uma tarefa árdua e difícil, pois o educador tem que ter um conhecimento profundo e acreditar que ele é capaz de conscientizar o ensino lúdico como uma forma de aprendizagem”
“Conduzir a criança à busca, ao domínio de um conhecimento mais abstrato misturando habilmente uma parcela de esforço com uma leve dose de brincadeiras transformaria o trabalho, o aprendizado num jogo, bem sucedido momento em que a criança mergulha profundamente sem se dar conta disso.
Na aplicação dos jogos o professor deve:
1. Ser um guia.
2. Ser um desafiador, estimulador da inteligência.
3. Ser um problematizador.
4. Analisar e discutir o porquê , para quê , para quem e os efeitos do jogo.
5. Colocar-se como irmão mais velho, junto ao qual os menores buscam segurança e novos conhecimentos.
6. Ter consciência do que faz e saber porque faz.
7. Ser um libertador (estar seguro).
8. Motivar sempre os alunos.
9. Ter variedades de jogos e técnicas.
10. Adaptar-se a realidade e ter flexibilidade.
11. Preparar e conscientizar os alunos para os jogos em grupos.
12. Relatar e publicar experiências para que outros possam conhecê-las.”
Texto: A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NAS SERIES INICIAIS” João do Rozário Lima.
Estou aprendendo muito neste curso porque proporcionava a meus alunos a oportunidade de aprender através de jogos apenas uma vez na semana e acreditava que era suficiente, este ano estou proporcionado momentos para trabalhar e pender com jogos quase todos os dias e percebo o quanto meus alunos estão aprendendo, cooperando uns com os outros aprendendo a trocar ideias em grupo.

domingo, 23 de maio de 2010

Matemática

A atividade que mais me chamou atenção esta semana foi trabalhar valor dos algarismos com uo de material concreto.
Lembro que no ano anterior trabalhei com meus alunos os números através de atividades de folhinhas e uso de livro didático, neste ano iniciei de forma diferente, usei com as crinaças o Material Dourado.
Iniciaram manuseando livremente o material e ordenaram novamente nas caixas, conversamos sobre os nomes das peças e para que serviam, em grupos formaram os números solicitados usando as unidades, trocavam 10 unidades por uma dezena e fizemos esta troca também usando as crianças, umas representavam as unidades e outras, as dezenas, esta parte gostaram mais ainda.
Percebi ao trabalhar Matemática com as crianças o quanto é importante proporcionar contato com material concreto, há uma compreensão maior e de forma mais prazerosa.
“ O uso do material concreto propicia aulas mais dinâmicas e amplia o pensamento abstrato por um processo de retificações sucessivas que possibilita a construção de diferentes níveis de elaboração do conceito.” ( PAIS, 2006).
“ Os parâmetros curriculares nacionais ( BRASIL, 1997) também destacam a utilização de materiais concretos pelos professores como um recurso alternativo que pode tornar bastante significativo o processo de ensino- aprendizagem da Matemática”
Material concreto: uma estratégia pedagógica para trabalhar conceitos matemáticos”.
NOVELO, Tanise Paula; SILVEIRA Daniel da Silva; LUZ, Vanessa Silva ; COPELLO, Gláucia Brasil; LAURINO, Dèbora Pereira .
“ Nada deve ser dado a criança, no campo da Matemática, sem primeiro apresentar-se a ela em uma situação concreta que a leve a agir, a pensar, a experimentar, a descobrir, e daí, a mergulhar na abstração”.( Azevedo, p. 27)
O uso de recursos didáticos no ensino escolar, Salete Eduardo de Souza.
Enfim, estou aprendendo novas forma de trabalhar com meus alunos e crescendo como profissional.

sábado, 15 de maio de 2010

Artes no contexto escolar

A atividade mais siginificativa desta semana foi o teatro da história " O segredo da lagartixa", de Lecticia Dansa e Salmo Dansa, Editora FTD.
(Texto adaptado)
O segredo da lagartixa:

NO JARDIM DAS MARGARIDAS
BEM ONDE O SOL DESPONTAVA,
VIVIA UMA LAGARTIXA
E DELA NINGUÉM GOSTAVA.


ERA UM JARDIM TÃO BONITO!
ONDE O PERFUME E AS CORES
DISPUTAVAM, LADO A LADO,
O ENCANTAMENTO DAS FLORES.

A LAGARTIXA FLOZÔ
(ELA SE CHAMAVA ASSIM),
NÃO GOSTAVA DOS VIZINHOS QUE VIVIAM NO JARDIM.

SOMENTE UMA CAIXINHA
DE SEGREDOS ADORAVA
ERA TUDO O QUE ELA TINHA
E SÓ PARA SI GUARDAVA.


NEM PARA SEU ÚNICO AMIGO
MOSTRAVA AQUELE TESOURO,
O MÉDICO DO JARDIM
O SÁBIO DOUTOR BESOURO.


PASSAVAM DIAS, SEMANAS,
CORRIAM MESES TAMBÉM,
MAS AQUELE SEU SEGREDO
NÃO MOSTRAVA PRA NINGUÉM.


UM DIA...QUE DESESPERO!
FLOZÔ SENTIU UMA DOR,
FOI CORRENDO PROCURAR
O SEU AMIGO DOUTOR.


A PATINHA DE FLOZÔ
NÃO PODIA SE MOVER
ESTAVA DOENDO MUITO
UMA DOR DE ENLOUQUECER!


MUITO REMÉDIO, INFUSÃO,
A LAGARTIXA TOMOU,
COMPRIMIDOS, INJEÇÃO,
NEM POR ISSO MELHOROU.


A SUA OUTRA PATINHA
TAMBÉM IMÓVEL FICOU.
DEPOIS FOI OUTRA... E OUTRA...
TODO O SEU CORPO PAROU!


O QUE SERÁ, MEU AMIGO,
QUE ESTÁ ACONTECENDO?
EU ESTOU VIRANDO ESTÁTUA!
ACHO QUE ESTOU MORRENDO!


E O BESOURO RESPONDEU:
PARA VOCÊ SE CURAR,
O SEGREDO DA CAIXINHA
VOCÊ DEVE REVELAR.

O EGOÍSMO É UM MAL
QUE ATACA MUITA GENTE,
POR ISSO QUE A HUMANIDADE
QUASE TODA ESTÁ DOENTE.


FLOZÔ NÃO TEVE OUTRO JEITO,
MANDOU OS BICHOS CHAMAR.
E AFINAL O SEU SEGREDO
ELA RESOLVEU REVELAR.


AO VER EXCLAMARAM OS LEÕES,
OS MAIS VELHOS DO JARDIM,
QUE BELEZA, COMO PÔDE
GUARDAR UM SEGREDO ASSIM!


OS NOSSOS AMIGOS CACHORROS
E OS GATOS TAMBÉM
CHEGARAM PARA VER.
QUE MARAVILHA! ELES DISSERAM,
É MESMO DE ENLOUQUECER!


VIERAM AS ONÇAS, BEM DENGOSAS,
FORAM CHEGANDO DEVAGAR.
QUE LINDO! MAS QUE LOUCURA!
ISSO É ESPETACULAR!


OS URSOS GOSTARAM MUITO
(E OS PÁSSAROS TAMBÉM)
DO SEGREDO QUE FLOZÔ
NÃO MOSTRAVA A NINGUÉM.


LOGO VIERAM AS MACACAS
MUITO ELEGANTES E FATAIS,
E FORAM DIZENDO: BACANA
ISSO É SENSACIONAL!


AS OVELHAS GOSTARAM TANTO
DO SEGREDO DE FLOZÔ
QUE COMEÇARAM A CANTAR,
DE TÃO FELIZ QUE FICARAM!


TODOS CANTARAM E DANÇARAM
NUMA ALEGRIA GERAL,
O JARDIM FICOU MAIS LINDO
EM CLIMA DE CARNAVAL.


NO FINAL, TODOS SE FORAM
E A LAGARTIXA SAROU.
IMAGINE, ELA SORRIU!
IMAGINE, ELA CHOROU!



POIS TER AMIGOS QUERIDOS
É A MAIOR EMOÇÃO:
TER COM QUEM PARTILHAR A VIDA,
DIVIDIR O CORAÇÃO!


AGORA, MEU AMIGUINHO,
VOCÊ PODE ADIVINHAR
O QUE HAVIA NA CAIXINHA?
ERA MUITO AMOR PARA DAR!


Após conhecerem e ilustrarem a história, escrevi no quadro os nomes dos personagens e os alunos disseram o que gostariam de representar,após juntamos as duas turmas de segundo ano para ensaio,( o teatro envolveu as duas turmas de alfabetização da escola e foi apresentado no sábado, dia 15 de Maio, na festa da família), eu fiz o papel de narradora, as crianças representariam, mas não tinham nada para falar no script.
Outro dia fizeram as máscaras, pintaram, enfeitaram e colaram em papel cartaz, com exceção do besouro, que usará no dia da apresentação roupa preta e capa, e da lagartixa, que usará roupa verde e fará maquiagem especial.
Ensaiamos diversas vezes durante 3 dias e houve muito envolvimento e interesse por parte das turmas.
“ O teatro, no contexto escolar, possui diversas abordagens, que se modificaram conforme as modificações da própria educação. Inicialmente foi utilizada como um instrumento, uma forma para o aprendizado dos mais diversos conteúdos, das diversas áreas do conhecimento. Somente mais tarde, o teatro passou a ser considerado uma disciplina, uma linguagem com características próprias e que por si constrói conhecimentos. Um conhecimento que ultrapassa a ideia do desenvolvimento de uma expressividade ou de desenibição, mas que possibilita também o desenvolvimento a operatoriedade ( FURTH, 1987, p. 178), na medida em que os alunos atores precisam articular diferentes perspectivas de uma mesma ação para resolverem os problemas de cena. O fazer teatral também torna possível uma maior compreensão por parte do indivíduo de si e de o mundo que o cerca, pois exige uma reestruturação física e mental para tornar materiais e artísticas as ideias que pretende comunicar. O aluno- ator reconstrói uma forma de agir em cena e de pensar, fazendo relações entre o mundo cotiodiano e a cena, construindo uma nova maneira de representar suas ações e refletir sobre o ambiente em que vive.”
Forma de abordagem dramática na educação Ana Caroline Muller Fuchs

domingo, 9 de maio de 2010

Blog do portfólio

Na escola que trabalho está acontecendo brigas freqüentes com agressão física por parte de um aluno meu na hora do recreio, quando voltam do recreio muitos reclamam. Conversei com as crianças e muitas brigas surgem porque chamam este menino de gordinho, de baleia assassina, enfim, o provocam com brincadeiras inadequadas, isto mostra o preconceito existente. Já postei nas atividades semanais e relatei diversos trabalhos realizados na turma sobre a diversidade e a importância de valorizar as diferenças, no entanto este trabalho precisa ser intensificado, o preconceito a este aluno existe desde o ano anterior. Este aluno anda muito agressivo e suas brigas surgem até quando não é ofendido, isso faz com que muitos colegas se afastem, percebo que as vezes quer ajudar um colega a fazer uma atividade ou quer se aproximar até para brincar com alguns e não é aceito, pois tem medo de ser agredidos.Durante a aula não se agridem, mas o momento do recreio é bem complicado. Na próxima semana realizaremos atividades com uma historinha que fala sobre ao amor, conversaremos mais sobre a importância de respeitar e amar as pessoas como são, independente das características físicas, após o dia 15, sábado da família, organizaremos uma saída de campo para o cinema, pretendemos ver o filme “Como treinar seu dragão”, o filme tem como moral a importância de aceitar todos como são, de não brigar. Fiz um parecer descritivo do menino para a mãe levá-lo ao Psicólogo, está com a auto-estima baixa e é importante conversar com um profissional da área da saúde.
Percebi que através de meus estudos e troca de experiências neste curso de Pedagogia na UFRGS estou crescendo como profissional, minha visão mudou, pois já tive outras turmas com problemas de relacionamento devido a preconceito e não fazia um trabalho sobre diversidade de encontro as suas necessidades, estava preocupada demais com os conteúdos da série e achava perca de tempo fazer um trabalho mais direcionado a estas necessidades, simplesmente conversava no momento e voltava a dar os conteúdos “importantes” que não podiam atrasar. Os problemas iam se tornando uma “bola de neve”, ou seja, crescendo e muitos até levavam para o outro ano sem resolver.
Atualmente, procuro formas diferenciadas de realizar um trabalho interdisciplinar que vá de encontro as reais necessidades da turma, percebo que trabalhar a diversidade não é perca de tempo, que é tão importante quanto os outros conteúdos.
De acordo com o texto “ O desafio de trabalhar a diversidade cultural na escola”, de Eliane Rosário Paim e Neide Aparecida Frigério:
“Historicamente falando, a escola tem dificuldades para lidar com a diversidade. As
diferenças tornam-se problemas ao invés de oportunidades para produzir saberes em diferentes níveis de aprendizagens. A escola é o lugar em que todos os alunos devem ter as mesmas oportunidades, mas com estratégias de aprendizagens diferentes”.
“A constante busca de alternativas para trabalhar e respeitar às diferenças, poderia
levar a transformação das desigualdades em aprendizagem e em êxito escolares. “
“Conforme Moreira (2002, p. 106) diz: o avanço das pesquisas e da experiência, os professores disporão de instrumentos que lhes permitem delimitar melhor a natureza dos obstáculos à aprendizagem encontradas em cada aluno e, portanto, saber se querem uma intervenção urgente, ou um desvio, ou um tempo de latência, por exemplo, dando à criança tempo para crescer, amadurecer, superar as crises familiares ou problemas de individualidade. Os professores precisam encontrar meios de criar espaço para mutuo engajamento das experiências de multiplicidade de vozes, por um único discurso dominante. Mas professores e alunos precisam encontrar maneiras de que um único discurso se transforme em local de certeza e aprovação.”
“Fazenda (1991, p. 57), afirma: A interdisciplinaridade necessária e básica para
conhecer e modificar o mundo são possíveis de caracterizar-se no ensino através
da eliminação de barreiras entre as disciplinas e pessoas [...] Mais difícil que
esta, é a eliminação das barreiras entre as pessoas, produto de preconceitos,
falta de formação adequada e comodismo.”
“Percebeu-se, então, que as dificuldades começam de um lado, quando o professor
pelo total despreparo não sabe lidar com essa diversidade cultural e finge que
conhece. E do outro, os alunos que não se enquadram nos padrões estabelecidos
pelo professor de um “aluno ideal”, então, evade da escola. Há uma crença,
segundo Leny Mrech (1999), “na existência de um aluno ideal, que respeita as
normas e consegue aprender. Os que afastam desse modelo são excluídos”. As
crianças chamadas “problemas” têm características baseadas em: fracas, lentas,
agitadas, apáticas, indisciplinadas, agressivas, desatentas. Carregam durante a vida
o sentimento de incapacidade de aprender e as culpa pelo próprio fracasso. As
singularidades devem ser respeitadas e as diferenças trabalhadas para a
mobilização social.”
“A análise aqui realizada pode contribuir para superação do preconceito de que
existe o aluno ideal para uma real compreensão do fenômeno diversidade cultural na
escola. Pois não há uma classe homogênea. Forneceu elementos para o entendimento das relações sociais, no universo escolar, onde existe uma pluralidade cultural, que se descobriu que precisa ser mais explorado para a formação do homem integral”.
Através destas leituras confirmo mais minhas concepções do quanto é importante a interdisciplinaridade e trabalhar as diferenças na escola .
Raquel Guterres

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Interdisciplinaridade no contexto escolar

O que mais me chamou atenção nesta semana de aula de 26/04 a 30/04 foi a interdisciplinaridade com o tema principal Família”, anteriormente não conseguia trabalhar um tema em todas as interdisciplinas, principalmente porque não havia planejamento entre a professora regente ( no caso eu) e as professoras que dão aula no dia que não ia a escola, dia de meu planejamento ( aulas de Educação Física, Artes e Hora do conto).
A partir do momento que precisei planejar em conjunto para dar as aulas com estas professoras houve maior integração e interdisciplinaridade.
“Podemos ter projetos especificamente da turma ou da escola como um todo. Para essa segunda possibilidade, é muito importante que os professores se encontrem, estudem e planejem conjuntamente o tema e qual o projeto a desenvolvê-lo. Esse é um desafio das escolas e dos sistemas de ensino do nosso país que precisa ser superado para lançarmos um trabalho mais coletivo e dinâmico em nossas escolas”. Educação Fiscal no contexto social. Brasília/DF 2009
È muito mais interessante que as atividades dos projetos, mesmo que sejam ministradas por diferentes professores, não sejam descontextualizadas das atividades realizadas nos outros dias da semana, infelizmente anteriormente não havia integração entre professores ( eu e as de Segunda-feira), mudanças estão acontecendo pois estamos aprendendo a encontrar momentos para planejar e espero permanecer assim após o período de estágio.
Estas são as disciplinas e que trabalhei de forma integrada esta semana:
Ciências :Partes do corpo e número dos calçados das pessoas da família,
Português: Escrita da palavras com a inicial “F” e frases, escrita dos nomes dos membros da família, literatura e música com a letra para leitura coletiva,
Matemática: Gráficos com o número de membros,
História: Diferentes famílias existentes , importância dos documentos e confecção dos documentos de identidade,
Educação Artística: Desenho das pessoas, pintura com tinta guache, recorte e colagem nos palito encaixando na caixa de ovos,
Educação Física: Brincadeiras como “Mamãe, posso ir?, andar imitando pai, mãe, vô, vó,
Valores e princípios ( pode ser Religião): Importância das diferenças e aceitar todos como são.
De acordo com Leite( 1998), é importante reiterar que os conteúdos escolares não são desprezados no trabalho com projetos. Ao contrário, eles ganham significado, são contextualizados, dinamizados e transformados em saberes construídos por meio da pesquisa e da investigação ao invés da simples transmissão do professor e da memorização dos educandos. Educação social no contexto social, pág. 37 Brasília/ DF 2009
Enfim, tenho a oportunidade de crescer como profissional realizando um trabalho com projetos mais contextualizado, trocando opiniões, sugestões de atividades com as colegas e não deixando de trabalhar os conteúdos necessários.

sábado, 24 de abril de 2010

Viva a diversidade!

No dia 22 de Abril de 2010 propus uma atividade a minha turma de estágio que me fez refletir e relembrar as aprendizagens construídas durante este curso de Pedagogia na interdisciplina de Questões Étnicos Raciais.
A atividade era cada aluno confeccionar um livro com suas características: Sou menino ou menina?
Cor dos olhos
Cor dos cabelos? È liso, crespo?
Sou magrinho ou gordinho? Sou baixo ou alto?
O que gosto de fazer?
Escrever na última folha o nome e fazer um desenho.
Após fizemos um jogo de adivinhação, cada aluno recebeu o livro de um colega para ler e tentar descobrir de quem era através da observação das características.
Realizamos um diálogo sobre as características dos colegas e diferenças existentes.
Fizemos o registro do jogo, um painel com o título “ Somos diferentes, mas todos são especiais”, Viva a diversidade!
Cada grupo fez uma reflexão e desenho das características dos colegas para depois ser colado do painel.
Fiz a seguinte distribuição entre os grupos:
Grupo 1: Refletiu, escreveu e desenhou diferenças nos cabelos dos alunos da turma,
Grupo 2: olhos
Grupo 3: altura
Grupo 4:cor de pele
Grupo 5: sexo e preferências
Grupo 6: brincadeira preferidas.
O painel ficou bem colorido e mostrou bem as diferenças existentes.
Dialogamos mais na turma sobre as diferenças e uma menina relatou um caso que viu fora da escola de ofensa a negro, outros alunos mostraram já vir situações como estas, também dialogamos sobre uma situação que as vezes surge na sala de aula e que era bem freqüentes no ano anterior entre os alunos quer eram da mesma turma de chamar um colega de gordo, conversamos sobre preconceito e que todos são bonitos e especiais.
No dia 19 de Abril foi outro dia que também realizamos uma atividade sobre a diversidade , trabalhamos o dia do índio, os alunos ouviram uma lenda indígena e dialogamos sobre seus costumes, tradições e como muitos índios estão vivendo atualmente.
Nosso papel como educadoras é realizar uma proposta pedagógica que contemple os excluídos, isto pode ser feito ao trabalhar diferentes etnias na sala de aula, valorização e importância de todos na sociedade.
Através da educação para a diversidade os alunos aprendem a aceitar e respeitar as diferenças para conviver bem e questionar as injustiças atuais de desigualdade .
O contato com qualquer cultura diferente da sua deve levar a criança a compreensão de que somos parte de uma grande diversidade em que cada um tem a sua importância e sua participação no todo.
“Ora, identidade implica a alteridade, assim como a alteridade pressupõe diversidade de identidades, pois é na interação com o outro não-idêntico que a identidade se constitui.”
Os índios no Brasil, quem são e quantos são.
Citação extraída do Livro “O Índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje” – Brasília, 2006.
Autor: Gersen dos Santos Luciano – Baniwa
“Trabalhar sobre a discriminação racial nas Séries Inicias é ao mesmo tempo um tema indispensável e complexo. Indispensável porque é neste momento que a criança está em formação física, cognitiva e moral, sendo assim, a intervenção pedagógica poderá contribuir para que ela venha conviver nesta sociedade, de múltiplas configurações étnicas,religiosas, culturais, compreendendo essas diferenças e como são produzidas na sociedade”.
Era uma vez uma menina muito bonita.Uma prática pedagógica relacionada com a questão racial em umaturma de alfabetização.
Luciane Andréia Ribeiro Leite

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Música

Música:

Trabalho com segundo ano e um dos conteúdos importantes para que sejam alfabetizados é conhecer o alfabeto. Neste curso de Pedagogia tive uma disciplina de Música onde aprendi sobre a importância da utilizar este recurso com os alunos.
“Diante destas considerações, podemos perceber a importância da atividade musical para o ser humano, cumprindo em uma sociedade as mais variadas funções, entre as quais poderíamos citar o prazer estético e lúdico, a representação simbólica, a expressão corporal, a adaptação aos valores sociais e a contribuição para a continuidade da tradição cultural.” Texto “De quem é a música”, Ana Paula Melchiors Stahlschmidt.
Realizei um curso de Alfabetização na UFRGS onde aprendi uma música bem divertida do alfabeto que não é na ordem alfabética, há uma classificação: coisas, comidas, bichos, jogos e trabalhos. Esta semana cantei com meus alunos, eles se beneficiam do recurso da música para aprender o alfabeto relacionado ao que é significativo .
Utilizo músicas em diversos momentos da aula: início para que tenha uma introdução, durante as atividades, em momentos que é necessário fazer silêncio ou falar mais baixo.
Música do alfabeto:
X DE XÍCARA
C DE CHINELO
N DE NINHO
Y DE YELLOW
H DE HELICÓPTERO
T DE TELHA
V DE VASSOURA
O DE ORELHA
R DE RELÓGIO
Z DE ZOOLÓGICO

COISAS QUE EXISTEM
E TAMBÉM AS INVENTADAS SÃO ESCRITAS
COM AS LETRAS DO ALFABETO
UMA LETRA NO COMEÇO
E AS DEMAIS ENFILEIRADAS
FORMAM SÍLABAS, PALAVRAS, FRASES
SEMPRE O JEITO CERTO.

A DE AMENDOIM
B DE BANANA
L DE LARANJA
Q DE QUEIJO

COMIDAS QUE EXISTEM
E TAMBÉM AS INVENTADAS SÃO ESCRITAS
COM AS LETRAS DO ALFABETO
UMA LETRA NO COMEÇO
E AS DEMAIS ENFILEIRADAS
FORMAM SÍLABAS, PALAVRAS, FRASES
SEMPRE O JEITO CERTO.

D DRAGÃO
E ELEFANTE
J JACARÉ
U URSO




BICHOS QUE EXISTEM
E TAMBÉM OS INVENTADOS SÃO ESCRITAS
COM AS LETRAS DO ALFABETO
UMA LETRA NO COMEÇO
E AS DEMAIS ENFILEIRADAS
FORMAM SÍLABAS, PALAVRAS, FRASES
SEMPRE O JEITO CERTO.



I DE IÔIÔ
F FUTEBOL
K KUNG FU
W WINDSURFE

JOGOS QUE EXISTEM
E TAMBÉM OS INVENTADOS SÃO ESCRITAS
COM AS LETRAS DO ALFABETO
UMA LETRA NO COMEÇO
E AS DEMAIS ENFILEIRADAS
FORMAM SÍLABAS, PALAVRAS, FRASES
SEMPRE O JEITO CERTO.


G DE GOLEIRO
P DE PALHAÇO
M DE MECÂNICO
S DE SOLDADO

TRABALHOS QUE EXISTEM
E TAMBÉM OS INVENTADOS SÃO ESCRITAS
COM AS LETRAS DO ALFABETO
UMA LETRA NO COMEÇO
E AS DEMAIS ENFILEIRADAS
FORMAM SÍLABAS, PALAVRAS, FRASES
SEMPRE O JEITO CERTO.

A ABACADABRA
P PIRIRIPIMPIM
PENSO, ESCREVO
MÁGICA SEM FIM.

POIS TUDO O QUE EXISTE
E MUITO MAIS QUE É INVENTADO
ESCREVO CERTO COM
AS LETRAS DO ALFABETO.
Enfim, este é um excelente recurso para auxiliar no processo de aprendizagem.
Raquel Guterres

domingo, 11 de abril de 2010

Projetos

Projetos:

Trabalho como professora regente de segundo ano desde 2006, inicialmente não desenvolvia trabalho com interdisciplinaridade entre os conteúdos desenvolvidos. Neste curso de Pedagogia aprendi sobre a importância e benefícios de trabalhar com projetos, tive a oportunidade de colocar em prática em minha experiência profissional.
Neste ano de estágio estou trabalhando com projetos, o tema foi escolhido pelas professoras( eu e a professora da outra turma de segundo ano),baseado nos interesses e necessidades dos alunos.
O projeto chama-se “Somos importantes” e tem como tema a construção da identidade de cada aluno, sua vida nos ambientes que freqüenta e a construção do grupo no ambiente escolar sentindo-se parte integrante e importante neste meio.
De acordo com: Léa da Cruz Fagundes; Luciane Sayuri Sato; Débora Laurino Maçada, no livro: “Aprendizes do futuro: as inovações começaram! Projeto de aprendizagem? O que é? Como se faz?”
“Quando falamos em “aprendizagem por projetos” estamos necessariamente nos referindo à formulação de questões pelo autor do projeto, pelo sujeito que vai construir conhecimento. Partimos do princípio de que o aluno nunca é uma tábula rasa, isto é, partimos do princípio de que ele já pensava antes”. Pág 2.
“A situação de projeto de aprendizagem pode favorecer especialmente a aprendizagem de cooperação, com trocas recíprocas e respeito mútuo. Isto quer dizer que a prioridade não é o conteúdo em si, formal e descontextualizado. A proposta é aprender conteúdos, por meio de procedimentos que desenvolvam a própria capacidade de continuar aprendendo, num processo construtivo e simultâneo de questionar-se, encontrar certezas e reconstruí-las em novas certezas. Isto quer dizer: formular problemas, encontrar soluções que suportem a formulação de novos e mais complexos problemas. Ao mesmo tempo, este processo compreende o desenvolvimento continuado de novas competências em níveis mais avançados, seja do quadro conceitual do sujeito, de seus sistemas lógicos, seja de seus sistemas de valores e de suas condições de tomada de consciência.” Pág 8.
Foi solicitado pela supervisão da escola para o dia 19 de Março um planejamento com conteúdos e atividades que seriam desenvolvidos com a turma, apresentei com minha colega de segundo ano o projeto “Somos importantes” e já estamos colocando em prática.

PROJETO DE TRABALHO
1º TRIMESTRE- 2010
Escola municipal de ensino fundamental
Edwiges Fogaça.
Público alvo: Segundo ano B
Professora:
Raquel da Silva Guterres


Justificativa:
O presente projeto justifica-se pela necessidade e importância da turma se constituir enquanto grupo, construir um vínculo afetivo entre colegas e professora, avançando assim na construção de sua identidade, percebendo-se como parte importante no grupo.

Objetivos gerais:
Possibilitar que as crianças avancem na construção de sua identidade,reconhecendo-se como indivíduo único, em um grupo com outros sujeitos únicos. Através do auto conhecimento, trabalho com o seu nome, sua família, seus gostos e preferências, conhecimento de seu corpo e de sua história, construindo assim uma aprendizagem significativa e prazerosa.



Objetivos específicos:
• Ampliar o conhecimento de si, percebendo-se em sua singularidade.
• Construir vínculo afetivo com o outro, possibilitando a construção de novas aprendizagens e sentimento de pertencimento no grupo.
• Desenvolver a expressão oral, expressando-se com clareza seus sentimentos, opiniões e conhecimentos.
• Participar de vivencias individuais e coletivas, a fim de desenvolver sua criatividade, expressividade, sensibilidade e afetividade.
• Realizar atividades em grupo, ampliando sua socialização e o respeito às diferenças.
• Oportunizar o contato com diferentes portadores de textos, aprofundando assim os conhecimentos referentes à leitura e escrita.
• Conhecer e identificar todo o alfabeto para que possa avançar na construção de seu processo de alfabetização.
• Qualificar o conhecimento de si próprio e do grupo, através do trabalho com literatura infantil.
• Saber escrever seu nome, construindo sua identidade diferenciando-se no grupo.
• Vivenciar atividades de leitura e escrita diariamente, oportunizando assim, que cada aluno avance em relação ao momento de aprendizagem em que se encontra.
• Participar de atividades lúdicas, desafiadoras, tendo contato com diferentes materiais concretos, avançando no desenvolvimento de seu raciocínio lógico-matemático.
• Ampliar o conhecimento dos números, estabelecendo maior relação entre numeral e quantidade.
• Realizar oralmente e através de registros cálculos matemáticos, avançando no conhecimento e compreensão das quatro operações.
• Resolver situações-problemas e construir a partir delas o significado de adição.
• Identificar números como símbolos utilizados no dia – a dia como peso,altura, número de telefone, data de aniversário...
• Desenvolver a sensibilidade artística e estética, ampliando sua criatividade, afetividade e sensibilidade.
• Realizar o registro e a análise das informações coletadas através de gráficos e tabelas, desenvolvendo o raciocínio lógico-matemático.
• Desenvolver a expressão, a oralidade, o movimento e o conhecimento do corpo, através de atividades que envolvam a música e brincadeiras recreativas.
• Conhecer e analisar seu registro de nascimento e outros documentos, avançando assim na construção de sua identidade.
• Manifestar seus gostos e preferências, a fim de qualificar o conhecimento de si próprio.
• Refletir sobre as diferenças existentes entre o comportamento de bebês e crianças na faixa etária dos alunos, percebendo o crescimento e aprendizagens construídas durante a vida.
• Construir coletivamente as regras de convivência da turma, refletindo sobre a importância dos valores e respeito ao outro.
• Proporcionar desafios em que as crianças tenham a oportunidade de diferenciar letras,sílabas,números, frases e textos.
• Enriquecer o conhecimento da criança quanto a diferentes costumes e tradições através de atividades que envolvem e valorizam as datas comemorativas.
• Refletir sobre o aprender como componente importante na vida de todo o ser humano.


Conteúdos a serem desenvolvidos:
Alfabeto
Nome
Leitura
Escrita
Expressão oral
Diferenciar letras, números, sílabas, palavras e frases.
Quantidades, relação com numeral e quantidade (números de 0 a 20)
Adição
Trabalho com gráficos para registro das informações
Conceito de medida, altura, tamanho, peso
Relação termo-a-termo
Gráficos
Classificação
Seriação
Conceito de ordem
Noção espaço-temporal
Comparação
Corpo
Família
Escola
História de vida, linha do tempo da vida
Bairro que vivem
Socialização
Valores- respeito ao outro e as diferenças.
Sensibilidade
Afetividade
Expressividade
Cores
Motricidade

Avaliação:
A avaliação inicia no momento em que o professor utiliza-se de instrumentos para conhecer o que as crianças sabem sobre o tema do projeto, bem como o que desejam aprender, tendo assim um enfoque investigativo de diagnóstico da turma.
Durante a realização do projeto, pretendo avaliar constantemente o desempenho das crianças, bem como o alcance dos objetivos que foram propostos.
Será avaliado também durante o desenvolvimento do projeto o envolvimento das crianças e a participação das mesmas durante as atividades propostas.
No decorrer das aulas o professor realizará registros referentes à participação e desempenho dos alunos, aspectos estes que integrarão a avaliação de cada criança.



Enfim, está sendo maravilhoso trabalhar com projetos, pois se pode trabalhar um assunto interligando a todas as interdisciplinas e desperta maior interesse no alunos.
Raquel Guterres

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Neste semestre postarei algumas atividades desenvolvidas durante meu estágio relacionando ao que aprendi no curso de Pedagogia da UFRGS.

Jogos:

Está se aproximando a Páscoa e propus a turma um jogo que aprenderam muito e o resultado foi além de minha expectativas, do que havia planejado em um primeiro momento.
Fiz uma grande cesta e coloquei na parede, a turma foi dividida em 6 grupos e brincamos que cada grupo seria uma fábrica de ovos de chocolate ( Chocolate na imaginação porque fariam de papel), havia uma regra para a confecção dos ovos e nomes dos grupos:
Nomes dos grupos: Cada grupo seria representado pelo componente em que não há nenhum outro colega na turma com a mesma letra inicial do nome. Exemplo: Um grupo foi representado pelo colega Thiago porque na turma não tem mais alunos que iniciem com a letra “T”.
Confecção dos ovos: Grupo T: Ovos enfeitados com cenouras.
Grupo K: Enfeites com coelhos.
Grupo D: Enfeites com pirulitos.
Grupo S/ V: Enfeites com chocolates.
Grupo B: Enfeites com estrelas.
Grupo C: Enfeites com balas.

Após ficarem prontos deveriam colocar na cesta prendendo com fita durex, sem usar cola.

No dia seguinte trouxe um dado grande com O, 1, 2 e 3. Regra do jogo:
Se sair “0” no dado: Não pegar ovos na cesta.
1: Pegar um ovo de pirulitos ou balas.
2: Pegar dois ovos de estrelas ou cenouras.
3: Pegar três ovos de coelhos ou chocolates.

O grupo vencedor seria aquele que conseguisse a maior quantidade de ovos.
Minha idéia era de que após o jogo registrassem no caderno o grupo vencedor e qual pontuação fez, no entanto surgiram novas idéias e coloquei em prática acrescentando novidades ao planejamento. Registraram naquele dia a pontuação que fizeram e no dia seguinte trouxe uma folha com as pontuações de cada grupo e deveriam fazer conta armada de adição, também deveriam escrever os nomes dos colegas que representaram cada grupo e escrever os nomes dos enfeites dos ovos colocando o número de letras e sílabas.
De acordo com Souza e Cordeiro:
O jogo é uma atividade rica e de grande efeito que responde as necessidades lúdicas, intelectuais e afetivas, estimulando a vida social e representando, assim, importante contribuição na aprendizagem. Esta atividade lúdica requer da criança esforço significativo, ao mesmo tempo em que a leva a superar frustrações de perda e possibilita a criança entrar em relação real ou imaginária com o outro, sob diversas formas. O jogo é uma brincadeira em que o adversário é um parceiro. (1992, p.86).
Enfim, muitas oportunidades de aprendizagem surgem através de um jogo, a aprendizagem se torna prazerosa e significativa.