domingo, 30 de maio de 2010

Jogos no cotidiano escolar

Esta semana propus a meus alunos um jogo bem diferente, deveriam em grupos, escrever em uma folha frases com nomes dos colegas que desejassem de forma que rimasse, o grupo que formasse o maior número de frases com rimas seria campeão e cada componente ganharia um pirulito. Esta foi a atividade que mais se envolveram, aprenderam e se divertiram de toda a semana, criaram diversas frases com rimas muito engraçadas, permiti que escrevessem desde que não tivesse palavrões e algo que desse a entender preconceito a algum colega.
Algumas frases das crianças em que todos brincaram sem se ofender, riam juntos e não ficavam brabos:
A Joanna dorme de vestido na cama.
A Beatriz tirou sujeira do nariz.
O Juan come maçã.
A Alice fez xixi na bice.
A Gabriela gosta de comer na panela.
A Ana toma mamá na cama.
Após a contagem das frases, fizemos um jogo da forca com as frases que os alunos criaram, escolhi algumas e jogamos. Se envolveram muito e precisavam ir lendo para tentar descobrir quais frases estavam no jogo para que não fossem “enforcados”.
“É muito mais fácil e eficiente aprender por meio de jogos, isso é válido para todas as idades, desde o maternalaté a fase adulta. O jogo em si possui componentes do cotidiano e o envolvimento desperta o interesse do aprendiz que se torna sujeito ativo doprocesso,e a confecção dos próprios jogos é ainda mais emocionante do que apenas jogar.”
Texto:A importância dos jogos e brincadeira no cotidiano escolar”, de Vivian Karla Carvalho Alves
“Dentre muitas atividades lúdicas que podem ser desenvolvidas em sala de aula destacamos o brincar e o jogar. Os jogos têm imenso valor educacional. Quando conduzidos em grupos, tais jogos proporcionam o aprendizado de forma muito mais eficiente que os tradicionais exercícios em folhas mimeografadas. Os jogos em grupo também promovem o desenvolvimento da inteligência e estimulam crescimento da capacidade de cooperação entre as crianças.”
“Ao trabalhar em pequenos grupos, as crianças precisam acompanhar o raciocínio de seus colegas e desenvolver estratégias para poderem permanecer no jogo ou vencer. Contrariamente, quando trabalha só em sua folha de exercícios, a criança lida apenas com a sua forma de pensar, sem precisar coordenar diversos pontos de vista. É precisamente pela coordenação e reflexão sobre diferentes opiniões que a criança avança em seu próprio pensamento. Desta forma, é natural que ela aprenda muito mais no desenvolvimento de um jogo do que nas lições mimeografadas.”
Texto: Os jogos e brincadeiras no cotidiano escolar http://capimgrosso.net/index.php?view=article&catid=25:infantil&id=186:os-jogos-e-as-brincadeiras-no-cotidiano-escolar&option=com_content&Itemid=213
“E ao resgatarmos as funções do lúdico na formação do educador e do educando estamos retomando a história e a evolução do homem na sociedade, pois cada época e cada cultura tem uma visão diferente de mundo, pois a criança não tinha a existência de hoje ela era considerada miniatura do adulto ou quase adulto, os jogos e brinquedos, embora sendo um elemento sempre presente na humanidade desde seu início também não tinha a conotação que tem hoje, eram vistos como fúteis e tinha como objetivo a distração e o recreio sendo assim dentre as contribuições mais importantes deste estudo podemos destacar que:
• As atividades lúdicas possibilitam exercitar as resistências ’’pois permitem a formação do auto conceito positivo;
• As atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento integral da criança já que através destas atividades a criança se desenvolve afetivamente, convive socialmente e opera mentalmente.
• O brinquedo e o jogo são produtos de cultura e seus usos permitem a inserção da criança na sociedade;
• O brincar é uma necessidade básica assim como é a nutrição, a saúde, a habitação e a educação ;
• O jogo é essencial para a saúde física e mental.
• O jogo simbólico permite à criança vivências do mundo adulto e isto possibilita a meditação entre o real e o imaginário.”
“Em prol desta sugestão será preciso, portanto, que currículos sejam repensados, dando aos jogos ,brinquedos e brincadeiras um novo desenvolvimento de ensino aprendizado desenvolvendo a alegria de entender a escola como um espaço, acima de tudo prazerosa, pois o jogo é para a criança o exercício e a preparação para a vida adulta, assim a criança aprende brincando o que a faz desenvolver suas potencialidades, porém é importante que o educador ao utilizar um jogo, tenha definidos, objetivos a alcançar e saiba escolher o jogo adequado ao momento educativo. Enquanto a criança está simplesmente brincado incorpora valores, conceitos e conteúdos que o educador poderá estar anotando para serem analisados e colocados em prática num futuro bem próximo.”
“ Para formar professores com pleno conhecimento lúdico é uma tarefa árdua e difícil, pois o educador tem que ter um conhecimento profundo e acreditar que ele é capaz de conscientizar o ensino lúdico como uma forma de aprendizagem”
“Conduzir a criança à busca, ao domínio de um conhecimento mais abstrato misturando habilmente uma parcela de esforço com uma leve dose de brincadeiras transformaria o trabalho, o aprendizado num jogo, bem sucedido momento em que a criança mergulha profundamente sem se dar conta disso.
Na aplicação dos jogos o professor deve:
1. Ser um guia.
2. Ser um desafiador, estimulador da inteligência.
3. Ser um problematizador.
4. Analisar e discutir o porquê , para quê , para quem e os efeitos do jogo.
5. Colocar-se como irmão mais velho, junto ao qual os menores buscam segurança e novos conhecimentos.
6. Ter consciência do que faz e saber porque faz.
7. Ser um libertador (estar seguro).
8. Motivar sempre os alunos.
9. Ter variedades de jogos e técnicas.
10. Adaptar-se a realidade e ter flexibilidade.
11. Preparar e conscientizar os alunos para os jogos em grupos.
12. Relatar e publicar experiências para que outros possam conhecê-las.”
Texto: A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NAS SERIES INICIAIS” João do Rozário Lima.
Estou aprendendo muito neste curso porque proporcionava a meus alunos a oportunidade de aprender através de jogos apenas uma vez na semana e acreditava que era suficiente, este ano estou proporcionado momentos para trabalhar e pender com jogos quase todos os dias e percebo o quanto meus alunos estão aprendendo, cooperando uns com os outros aprendendo a trocar ideias em grupo.

domingo, 23 de maio de 2010

Matemática

A atividade que mais me chamou atenção esta semana foi trabalhar valor dos algarismos com uo de material concreto.
Lembro que no ano anterior trabalhei com meus alunos os números através de atividades de folhinhas e uso de livro didático, neste ano iniciei de forma diferente, usei com as crinaças o Material Dourado.
Iniciaram manuseando livremente o material e ordenaram novamente nas caixas, conversamos sobre os nomes das peças e para que serviam, em grupos formaram os números solicitados usando as unidades, trocavam 10 unidades por uma dezena e fizemos esta troca também usando as crianças, umas representavam as unidades e outras, as dezenas, esta parte gostaram mais ainda.
Percebi ao trabalhar Matemática com as crianças o quanto é importante proporcionar contato com material concreto, há uma compreensão maior e de forma mais prazerosa.
“ O uso do material concreto propicia aulas mais dinâmicas e amplia o pensamento abstrato por um processo de retificações sucessivas que possibilita a construção de diferentes níveis de elaboração do conceito.” ( PAIS, 2006).
“ Os parâmetros curriculares nacionais ( BRASIL, 1997) também destacam a utilização de materiais concretos pelos professores como um recurso alternativo que pode tornar bastante significativo o processo de ensino- aprendizagem da Matemática”
Material concreto: uma estratégia pedagógica para trabalhar conceitos matemáticos”.
NOVELO, Tanise Paula; SILVEIRA Daniel da Silva; LUZ, Vanessa Silva ; COPELLO, Gláucia Brasil; LAURINO, Dèbora Pereira .
“ Nada deve ser dado a criança, no campo da Matemática, sem primeiro apresentar-se a ela em uma situação concreta que a leve a agir, a pensar, a experimentar, a descobrir, e daí, a mergulhar na abstração”.( Azevedo, p. 27)
O uso de recursos didáticos no ensino escolar, Salete Eduardo de Souza.
Enfim, estou aprendendo novas forma de trabalhar com meus alunos e crescendo como profissional.

sábado, 15 de maio de 2010

Artes no contexto escolar

A atividade mais siginificativa desta semana foi o teatro da história " O segredo da lagartixa", de Lecticia Dansa e Salmo Dansa, Editora FTD.
(Texto adaptado)
O segredo da lagartixa:

NO JARDIM DAS MARGARIDAS
BEM ONDE O SOL DESPONTAVA,
VIVIA UMA LAGARTIXA
E DELA NINGUÉM GOSTAVA.


ERA UM JARDIM TÃO BONITO!
ONDE O PERFUME E AS CORES
DISPUTAVAM, LADO A LADO,
O ENCANTAMENTO DAS FLORES.

A LAGARTIXA FLOZÔ
(ELA SE CHAMAVA ASSIM),
NÃO GOSTAVA DOS VIZINHOS QUE VIVIAM NO JARDIM.

SOMENTE UMA CAIXINHA
DE SEGREDOS ADORAVA
ERA TUDO O QUE ELA TINHA
E SÓ PARA SI GUARDAVA.


NEM PARA SEU ÚNICO AMIGO
MOSTRAVA AQUELE TESOURO,
O MÉDICO DO JARDIM
O SÁBIO DOUTOR BESOURO.


PASSAVAM DIAS, SEMANAS,
CORRIAM MESES TAMBÉM,
MAS AQUELE SEU SEGREDO
NÃO MOSTRAVA PRA NINGUÉM.


UM DIA...QUE DESESPERO!
FLOZÔ SENTIU UMA DOR,
FOI CORRENDO PROCURAR
O SEU AMIGO DOUTOR.


A PATINHA DE FLOZÔ
NÃO PODIA SE MOVER
ESTAVA DOENDO MUITO
UMA DOR DE ENLOUQUECER!


MUITO REMÉDIO, INFUSÃO,
A LAGARTIXA TOMOU,
COMPRIMIDOS, INJEÇÃO,
NEM POR ISSO MELHOROU.


A SUA OUTRA PATINHA
TAMBÉM IMÓVEL FICOU.
DEPOIS FOI OUTRA... E OUTRA...
TODO O SEU CORPO PAROU!


O QUE SERÁ, MEU AMIGO,
QUE ESTÁ ACONTECENDO?
EU ESTOU VIRANDO ESTÁTUA!
ACHO QUE ESTOU MORRENDO!


E O BESOURO RESPONDEU:
PARA VOCÊ SE CURAR,
O SEGREDO DA CAIXINHA
VOCÊ DEVE REVELAR.

O EGOÍSMO É UM MAL
QUE ATACA MUITA GENTE,
POR ISSO QUE A HUMANIDADE
QUASE TODA ESTÁ DOENTE.


FLOZÔ NÃO TEVE OUTRO JEITO,
MANDOU OS BICHOS CHAMAR.
E AFINAL O SEU SEGREDO
ELA RESOLVEU REVELAR.


AO VER EXCLAMARAM OS LEÕES,
OS MAIS VELHOS DO JARDIM,
QUE BELEZA, COMO PÔDE
GUARDAR UM SEGREDO ASSIM!


OS NOSSOS AMIGOS CACHORROS
E OS GATOS TAMBÉM
CHEGARAM PARA VER.
QUE MARAVILHA! ELES DISSERAM,
É MESMO DE ENLOUQUECER!


VIERAM AS ONÇAS, BEM DENGOSAS,
FORAM CHEGANDO DEVAGAR.
QUE LINDO! MAS QUE LOUCURA!
ISSO É ESPETACULAR!


OS URSOS GOSTARAM MUITO
(E OS PÁSSAROS TAMBÉM)
DO SEGREDO QUE FLOZÔ
NÃO MOSTRAVA A NINGUÉM.


LOGO VIERAM AS MACACAS
MUITO ELEGANTES E FATAIS,
E FORAM DIZENDO: BACANA
ISSO É SENSACIONAL!


AS OVELHAS GOSTARAM TANTO
DO SEGREDO DE FLOZÔ
QUE COMEÇARAM A CANTAR,
DE TÃO FELIZ QUE FICARAM!


TODOS CANTARAM E DANÇARAM
NUMA ALEGRIA GERAL,
O JARDIM FICOU MAIS LINDO
EM CLIMA DE CARNAVAL.


NO FINAL, TODOS SE FORAM
E A LAGARTIXA SAROU.
IMAGINE, ELA SORRIU!
IMAGINE, ELA CHOROU!



POIS TER AMIGOS QUERIDOS
É A MAIOR EMOÇÃO:
TER COM QUEM PARTILHAR A VIDA,
DIVIDIR O CORAÇÃO!


AGORA, MEU AMIGUINHO,
VOCÊ PODE ADIVINHAR
O QUE HAVIA NA CAIXINHA?
ERA MUITO AMOR PARA DAR!


Após conhecerem e ilustrarem a história, escrevi no quadro os nomes dos personagens e os alunos disseram o que gostariam de representar,após juntamos as duas turmas de segundo ano para ensaio,( o teatro envolveu as duas turmas de alfabetização da escola e foi apresentado no sábado, dia 15 de Maio, na festa da família), eu fiz o papel de narradora, as crianças representariam, mas não tinham nada para falar no script.
Outro dia fizeram as máscaras, pintaram, enfeitaram e colaram em papel cartaz, com exceção do besouro, que usará no dia da apresentação roupa preta e capa, e da lagartixa, que usará roupa verde e fará maquiagem especial.
Ensaiamos diversas vezes durante 3 dias e houve muito envolvimento e interesse por parte das turmas.
“ O teatro, no contexto escolar, possui diversas abordagens, que se modificaram conforme as modificações da própria educação. Inicialmente foi utilizada como um instrumento, uma forma para o aprendizado dos mais diversos conteúdos, das diversas áreas do conhecimento. Somente mais tarde, o teatro passou a ser considerado uma disciplina, uma linguagem com características próprias e que por si constrói conhecimentos. Um conhecimento que ultrapassa a ideia do desenvolvimento de uma expressividade ou de desenibição, mas que possibilita também o desenvolvimento a operatoriedade ( FURTH, 1987, p. 178), na medida em que os alunos atores precisam articular diferentes perspectivas de uma mesma ação para resolverem os problemas de cena. O fazer teatral também torna possível uma maior compreensão por parte do indivíduo de si e de o mundo que o cerca, pois exige uma reestruturação física e mental para tornar materiais e artísticas as ideias que pretende comunicar. O aluno- ator reconstrói uma forma de agir em cena e de pensar, fazendo relações entre o mundo cotiodiano e a cena, construindo uma nova maneira de representar suas ações e refletir sobre o ambiente em que vive.”
Forma de abordagem dramática na educação Ana Caroline Muller Fuchs

domingo, 9 de maio de 2010

Blog do portfólio

Na escola que trabalho está acontecendo brigas freqüentes com agressão física por parte de um aluno meu na hora do recreio, quando voltam do recreio muitos reclamam. Conversei com as crianças e muitas brigas surgem porque chamam este menino de gordinho, de baleia assassina, enfim, o provocam com brincadeiras inadequadas, isto mostra o preconceito existente. Já postei nas atividades semanais e relatei diversos trabalhos realizados na turma sobre a diversidade e a importância de valorizar as diferenças, no entanto este trabalho precisa ser intensificado, o preconceito a este aluno existe desde o ano anterior. Este aluno anda muito agressivo e suas brigas surgem até quando não é ofendido, isso faz com que muitos colegas se afastem, percebo que as vezes quer ajudar um colega a fazer uma atividade ou quer se aproximar até para brincar com alguns e não é aceito, pois tem medo de ser agredidos.Durante a aula não se agridem, mas o momento do recreio é bem complicado. Na próxima semana realizaremos atividades com uma historinha que fala sobre ao amor, conversaremos mais sobre a importância de respeitar e amar as pessoas como são, independente das características físicas, após o dia 15, sábado da família, organizaremos uma saída de campo para o cinema, pretendemos ver o filme “Como treinar seu dragão”, o filme tem como moral a importância de aceitar todos como são, de não brigar. Fiz um parecer descritivo do menino para a mãe levá-lo ao Psicólogo, está com a auto-estima baixa e é importante conversar com um profissional da área da saúde.
Percebi que através de meus estudos e troca de experiências neste curso de Pedagogia na UFRGS estou crescendo como profissional, minha visão mudou, pois já tive outras turmas com problemas de relacionamento devido a preconceito e não fazia um trabalho sobre diversidade de encontro as suas necessidades, estava preocupada demais com os conteúdos da série e achava perca de tempo fazer um trabalho mais direcionado a estas necessidades, simplesmente conversava no momento e voltava a dar os conteúdos “importantes” que não podiam atrasar. Os problemas iam se tornando uma “bola de neve”, ou seja, crescendo e muitos até levavam para o outro ano sem resolver.
Atualmente, procuro formas diferenciadas de realizar um trabalho interdisciplinar que vá de encontro as reais necessidades da turma, percebo que trabalhar a diversidade não é perca de tempo, que é tão importante quanto os outros conteúdos.
De acordo com o texto “ O desafio de trabalhar a diversidade cultural na escola”, de Eliane Rosário Paim e Neide Aparecida Frigério:
“Historicamente falando, a escola tem dificuldades para lidar com a diversidade. As
diferenças tornam-se problemas ao invés de oportunidades para produzir saberes em diferentes níveis de aprendizagens. A escola é o lugar em que todos os alunos devem ter as mesmas oportunidades, mas com estratégias de aprendizagens diferentes”.
“A constante busca de alternativas para trabalhar e respeitar às diferenças, poderia
levar a transformação das desigualdades em aprendizagem e em êxito escolares. “
“Conforme Moreira (2002, p. 106) diz: o avanço das pesquisas e da experiência, os professores disporão de instrumentos que lhes permitem delimitar melhor a natureza dos obstáculos à aprendizagem encontradas em cada aluno e, portanto, saber se querem uma intervenção urgente, ou um desvio, ou um tempo de latência, por exemplo, dando à criança tempo para crescer, amadurecer, superar as crises familiares ou problemas de individualidade. Os professores precisam encontrar meios de criar espaço para mutuo engajamento das experiências de multiplicidade de vozes, por um único discurso dominante. Mas professores e alunos precisam encontrar maneiras de que um único discurso se transforme em local de certeza e aprovação.”
“Fazenda (1991, p. 57), afirma: A interdisciplinaridade necessária e básica para
conhecer e modificar o mundo são possíveis de caracterizar-se no ensino através
da eliminação de barreiras entre as disciplinas e pessoas [...] Mais difícil que
esta, é a eliminação das barreiras entre as pessoas, produto de preconceitos,
falta de formação adequada e comodismo.”
“Percebeu-se, então, que as dificuldades começam de um lado, quando o professor
pelo total despreparo não sabe lidar com essa diversidade cultural e finge que
conhece. E do outro, os alunos que não se enquadram nos padrões estabelecidos
pelo professor de um “aluno ideal”, então, evade da escola. Há uma crença,
segundo Leny Mrech (1999), “na existência de um aluno ideal, que respeita as
normas e consegue aprender. Os que afastam desse modelo são excluídos”. As
crianças chamadas “problemas” têm características baseadas em: fracas, lentas,
agitadas, apáticas, indisciplinadas, agressivas, desatentas. Carregam durante a vida
o sentimento de incapacidade de aprender e as culpa pelo próprio fracasso. As
singularidades devem ser respeitadas e as diferenças trabalhadas para a
mobilização social.”
“A análise aqui realizada pode contribuir para superação do preconceito de que
existe o aluno ideal para uma real compreensão do fenômeno diversidade cultural na
escola. Pois não há uma classe homogênea. Forneceu elementos para o entendimento das relações sociais, no universo escolar, onde existe uma pluralidade cultural, que se descobriu que precisa ser mais explorado para a formação do homem integral”.
Através destas leituras confirmo mais minhas concepções do quanto é importante a interdisciplinaridade e trabalhar as diferenças na escola .
Raquel Guterres

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Interdisciplinaridade no contexto escolar

O que mais me chamou atenção nesta semana de aula de 26/04 a 30/04 foi a interdisciplinaridade com o tema principal Família”, anteriormente não conseguia trabalhar um tema em todas as interdisciplinas, principalmente porque não havia planejamento entre a professora regente ( no caso eu) e as professoras que dão aula no dia que não ia a escola, dia de meu planejamento ( aulas de Educação Física, Artes e Hora do conto).
A partir do momento que precisei planejar em conjunto para dar as aulas com estas professoras houve maior integração e interdisciplinaridade.
“Podemos ter projetos especificamente da turma ou da escola como um todo. Para essa segunda possibilidade, é muito importante que os professores se encontrem, estudem e planejem conjuntamente o tema e qual o projeto a desenvolvê-lo. Esse é um desafio das escolas e dos sistemas de ensino do nosso país que precisa ser superado para lançarmos um trabalho mais coletivo e dinâmico em nossas escolas”. Educação Fiscal no contexto social. Brasília/DF 2009
È muito mais interessante que as atividades dos projetos, mesmo que sejam ministradas por diferentes professores, não sejam descontextualizadas das atividades realizadas nos outros dias da semana, infelizmente anteriormente não havia integração entre professores ( eu e as de Segunda-feira), mudanças estão acontecendo pois estamos aprendendo a encontrar momentos para planejar e espero permanecer assim após o período de estágio.
Estas são as disciplinas e que trabalhei de forma integrada esta semana:
Ciências :Partes do corpo e número dos calçados das pessoas da família,
Português: Escrita da palavras com a inicial “F” e frases, escrita dos nomes dos membros da família, literatura e música com a letra para leitura coletiva,
Matemática: Gráficos com o número de membros,
História: Diferentes famílias existentes , importância dos documentos e confecção dos documentos de identidade,
Educação Artística: Desenho das pessoas, pintura com tinta guache, recorte e colagem nos palito encaixando na caixa de ovos,
Educação Física: Brincadeiras como “Mamãe, posso ir?, andar imitando pai, mãe, vô, vó,
Valores e princípios ( pode ser Religião): Importância das diferenças e aceitar todos como são.
De acordo com Leite( 1998), é importante reiterar que os conteúdos escolares não são desprezados no trabalho com projetos. Ao contrário, eles ganham significado, são contextualizados, dinamizados e transformados em saberes construídos por meio da pesquisa e da investigação ao invés da simples transmissão do professor e da memorização dos educandos. Educação social no contexto social, pág. 37 Brasília/ DF 2009
Enfim, tenho a oportunidade de crescer como profissional realizando um trabalho com projetos mais contextualizado, trocando opiniões, sugestões de atividades com as colegas e não deixando de trabalhar os conteúdos necessários.