segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Educação de jovens e adultos

Trabalho com alfabetização de crianças e tive oportunidade de ler o livro Psicogênese da língua escrita, de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, aprendi sobre as hipóteses que as crianças formulam sobre a escrita e os níveis que passam , mas tinha curiosidade sobre como é o processo de alfabetização quando se é jovem ou adulto. Me questionava se passavam pelos níveis de escrita, se formulavam hipóteses como as relatadas no livro da Psicogênese, como mínimo de 3 letras para escrever, relação do tamanho com o número de letras , exemplo: elefante com muitas letras porque é grande e formiga com poucas letras porque é pequena.
Há diferenças entre o processo de alfabetização de jovens, adultos e crianças, por parte dos jovens e adultos deve-se levar em conta a maior trajetória de vida, o fracasso que vivenciaram, as dificuldade para o acesso a escola, baixo auto-estima e insegurança, os objetivos para que estejam frequentando uma escola como desejar aprender e buscar oportunidade de adquirir um emprego melhor, no entanto , no momento da escrita também formulam hipóteses e passam pelos níveis assim como as crianças.
Ao estudar sobre a Eja compreendi que o educador deve levar em conta toda a sua história procurando não infantilizá-lo, o professor muitas vezes encontrará na sala de aula alunos que trabalharam o dia todo e estão na escola cansados, outros que foram excluídos da escola pois não tiveram oportunidade de estudar quando crianças por várias razões como ter que trabalhar, enfim, muitas pessoas com baixa auto-estima e que precisam de atenção e oportunidades.